A chegada do novo coronavírus (Covid-19) provocou um impacto negativo nas atividades econômicas do Rio Grande do Norte. A média diária de transações de compra e venda de produtos registrou uma redução de 24,9% no estado. O volume movimentado diariamente também caiu, passando de R$ 310 milhões, média verificada no período anterior às medidas de restrição à circulação de pessoas, para R$ 210 milhões por dia – média registrada na segunda semana deste mês. Uma redução de 32,2%.
Os números constam no Boletim Semanal de Atividade Econômica, elaborado pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) e divulgado nesta quarta-feira (22).
O estudo se baseia nos documentos fiscais, sujeitos à aplicação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) emitidos entre os dias 06 de janeiro e 15 de março, e os compara com os das semanas subsequentes quando já estavam em vigência os decretos estaduais com foco na prevenção do coronavírus.
“Esse informativo que será divulgado periodicamente permite que se monitore os indicadores de retração ou aquecimento da nossa economia, além de dar ainda mais transparência aos números que a nossa equipe de auditores e técnicos processa diariamente para a sociedade. É um importante instrumento para medir a situação do estado diante desse cenário gerado pela pandemia”, reforça o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier.
O boletim mostra que a emissão média de notas fiscais por dia saiu de mais de um milhão na segunda semana de janeiro para 719 mil no período de 6 a 12 deste mês. Comparando com a mesma semana de abril do ano passou, a quantidade de documentos emitidos por dia diminuiu 27,9%.
O informativo também demonstra – na análise do nível de atividade dos principais setores que geram ICMS para o estado, que a indústria de transformação foi o segmento mais atingido com a crise do novo coronavírus. A indústria potiguar retraiu pouco mais de 44% a média de atividade diária. Já o setor de combustíveis teve a segunda maior retração. As operações diárias caíram 29,4% quando comparadas à média diária antes da Covid-19. O varejo potiguar e comércio atacadista tiveram recuos de 26,5% e 8,11% nas atividades diárias respectivamente. Já a indústria extrativista apresentou uma baixa de 19,7%.
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