A governadora eleita Fátima Bezerra falou pela primeira vez sobre a situação das contas do Rio Grande do Norte, diante de levantamentos realizados pela equipe de transição. “Não temos ainda os dados precisos no que diz respeito ao desequilíbrio fiscal-financeiro no Estado do Rio Grande do Norte. No entanto, as informações preliminares apontam que a situação é mais grave ainda do que nós imaginávamos”, disse, em entrevista à imprensa.
Para se ter uma ideia, a situação está tão complicada que a atual secretária do Gabinete Civil do RN, Tatiana Mendes Cunha, disse em nota que não há dinheiro para pagar o 13º salário de 2018. Isso sem contar o atraso do décimo-terceiro de 2017 de quase 15 mil servidores.
O atual governo já afirmou que deve deixar também para o próximo ano o pagamento dos salários do mês de dezembro. Vale salientar que a folha de pagamento do Estado gira em torno de R$ 380 milhões. Esse quadro financeiro está preocupando a governadora eleita.
Durante entrevista, Fátima disse esperar do governador Robinson Faria o pagamento dos salários de outubro, de novembro, de dezembro e o 13º salário até o fim do ano. “Espero e é isso que esperam os servidores, que o Governo envide todos os esforços para dar uma resposta positiva aos servidores”, disse.
Fátima afirmou que medidas estão em estudo para enfrentar o quadro crítico nas contas do Estado que deve enfrentar. “Não há aqui uma medida milagrosa. Mas a nossa principal prioridade é normalizar o pagamento em dia dos servidores do nosso estado”, enfatizou.
Para isso, adiantou que vai reforçar o trabalho de combate à sonegação e maior eficiência no sistema de tributação. “Não tenho dúvidas de que os auditores fiscais do meu Estado terão um papel primordial no reequilíbrio das contas do RN. Juntos, saberemos dar as respostas que o povo tanto espera, com muita determinação e responsabilidade.”
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