Por que jovens profissionais estão migrando cada vez mais para cidades medianas e não para grandes cidades?
Não seria estranho responder a esta pergunta se você levar em conta que viver em um lugar seguro, andar de bicicleta, estar bem conectado e ter um bom trabalho são algumas coisas que os profissionais consideram ao escolher qual cidade do mundo eles querem viver.
De acordo com o Global Talent and Competitiveness Index (GTCI), as melhores cidades do mundo para criar, atrair e reter os jovens talentos são: Zurique, Estocolmo, Oslo, Copenhague e Helsinque, seguidas de Washington, Dublin, São Francisco, Paris e Bruxelas.
“As cidades são laboratórios perfeitos. E em muitas delas, a promoção da diversidade gerou avanços significativos, especialmente do ponto de vista da inclusão”, escreveu Bruno Lanvin, co-editor do relatório.
O alto nível de crescimento econômico desses “pólos de talentos” permitiu-lhes gerar maior penetração tecnológica e consequentemente, uma melhora na educação, saúde e infraestrutura. Esta mistura tornou essas cidades mais competitivas para convocar pessoas talentosas, bem como uma condição fundamental: ter boas universidades.
Quando avançamos no mapa, encontramos os pontos estratégicos da América Latina e, embora não tenha uma liderança global na atração de talentos, conseguiu que 10 de suas cidades fizessem parte do ranking, o que inclui uma análise de um total de 90 cidades. .
Buenos Aires ocupa o primeiro lugar nesta região e a 35ª na lista global.
“Aqui existem boas universidades e novos pólos de desenvolvimento, onde os jovens podem trabalhar em áreas mais acessíveis com uma melhor qualidade de vida”, disse Diego Kirschenbaum, diretor da consultoria Capital Humano.
Buenos Aires é seguido da Cidade do México, São Paulo, Santiago, Montevidéu, Rio de Janeiro, Bogotá, Lima, Quito e Brasília.
Como elas atraem tantos talentos?
As principais cidades em atrair talentos possuem sistemas educacionais que se adaptam ao que o mercado de trabalho precisa, empregos flexíveis e regulamentos que facilitam a criação de empreendedores e empreendimentos.
Ao fato acima, é adicionado um “sentimento de cidade global”, uma característica que também foi incluída no estudo.
No entanto, isso não significa que elas sejam verdadeiros paraísos: todas possuem questões de segregação, desigualdade e outros problemas sociais.
De acordo com o relatório, algumas críticas a essas cidades são que elas têm menos mulheres diplomadas e com doutorado; há menos presença feminina em conselhos de empresas e que – em alguns lugares – há pouca tolerância para as minorias.
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