Após o encontro realizado com representantes do governo do estado, o praças policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte reuniram-se na manhã desta sexta-feira (5), em Assembleia Geral Unificada no Clube Tiradentes, e decidiram manter o movimento intitulado “Segurança com Segurança”, que clama por condições legais e dignas de trabalho para os profissionais de segurança do estado.
De acordo com o movimento, a reunião não contou com a presença do governador Robinson Faria ou de nenhum membro da sua equipe econômica. Estiveram presentes apenas a secretária de Segurança Pública e Defesa Social do RN, Sheila Freitas e os comandantes da polícia e dos bombeiros militares.
A respeito da carta-ofício com as demandas da categoria, que foi protocolada no Gabinete Civil e Ministério Público, o único assunto que foi avaliado pelos gestores foi o atraso dos pagamentos. Para tanto, a proposta é a de pagar a folha de novembro neste sábado (6), e parte da folha de dezembro (41 dos 68 milhões) no dia 12 de dezembro. Não há previsão para o pagamento do décimo terceiro.
Questões como manutenção preventiva das viaturas, fornecimento de fardamento e de equipamentos necessários às atividades dos militares, além do reajuste do vale alimentação e extensão do benefício para o interior do estado, que também são demandas urgentes da categoria, não foram contempladas na reunião. No entanto, existe a previsão de um segundo encontro com a administração pública na próxima quarta-feira, dia 10.
“Esperamos que nessa ocasião as outras necessidades da categoria sejam ouvidas e contempladas com soluções concretas, só assim poderemos voltar às ruas com segurança e legalidade”, comenta o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBM-RN).
Além dos praças policiais e bombeiros miliares, familiares, representantes das associações de classe e equipe de assessoria jurídica também estiveram presentes na Assembleia e declaram total apoio ao movimento. “A nossa visão dentro de um parâmetro legal e constitucional é a de que não está havendo greve, e sim um estado de necessidade, no qual a polícia se encontra sem nenhuma capacidade técnica ou psicológica de ir às ruas para trabalhar. Não há equipamentos, apoio psicológico, armamento, fardamento, nada que possibilite à categoria cumprir com a sua função”.
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