O grupo extremista Estado Islâmico (EI) libertou no domingo (1º), após pagamento de resgate, 19 cristãos assírios raptados na semana passada no Nordeste da Síria, informou a Rede Assíria dos Direitos Humanos.
“Dezenove reféns assírios chegaram hoje à Igreja de Nossa Senhora de Hassaké, depois de libertados pelo EI”, informou Usama Edward, responsável pela organização não governamental com sede na Suécia.
“Chegaram em dois ônibus que os transportaram de Chaddadé [bastião do EI na província de Hassaké, onde foram sequestrados] até Hassaké, onde foram recebidos pelo arcebispo assírio Ehfrem Athnaeil”, acrescentou.
Usama Edward afirmou que um tribunal religioso do EI decidiu, no sábado (28), libertar o grupo em troca de uma soma de dinheiro paga pelas famílias dos reféns. O EI considera o dinheiro um imposto (jizya) que os não muçulmanos (dhimmis) devem pagar. “Até receber o dinheiro, o EI mantém duas reféns: uma menina de dez anos e a mãe”, salientou.
O diretor da rede disse desconhecer o montante exigido de cada família, mas lembrou que, em novembro, assírios sequestrados pelo EI pagaram US$ 1,7 mil por pessoa. As negociações com o Estado Islâmico para a libertação dos reféns começaram no sábado e foram conduzidas por responsáveis assírios e chefes tribais árabes muçulmanos. Durante a semana passada, os jihadistas raptaram 220 assírios na província de maioria curda. Aproximadamente 5 mil assírios fugiram com medo dos avanços do EI.
Cerca de 30 mil assírios, um das mais antigas comunidades cristãs, viviam na Síria, sobretudo em Hassaké, antes do início da guerra civil, em 15 de março de 2011.
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