O Rio Grande do Norte é o 5º estado que mais mata adolescentes no país, de acordo com o estudo coordenado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que aponta o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). Os números mostram, ainda, que o assassinato de adolescentes bateu recorde histórico no Brasil e que a região Nordeste é a que possui o índice mais alto, tendo dobrado a taxa de homicídios de jovens em uma década.
O IHA do Brasil subiu de forma contínua desde 2012, alcançando a marca, em 2014, de 3,7 adolescentes entre 12 e 18 anos assassinados para cada grupo de mil jovens. O número é o mais alto desde que começou a ser medido, em 2005, quando registrou 2,8. “Este valor é elevado. Uma sociedade não violenta deveria apresentar valores não muito distantes de zero e, certamente, inferiores a 1”, explicam os autores.
A média do Nordeste foi de 6,5 mortes para cada mil jovens e o IHA do RN foi de 7,4. O estado ficou atrás apenas do Ceará (8,71), Alagoas (8,18), Espírito Santo (7,79) e Bahia (7,46). Quando é feito o recorte nas capitais do Brasil, Natal também ocupa a 5ª posição no ranking, com 7,10 no IHA. Mossoró aparece em 9º lugar, com IHA de 8,82, na lista das cidades com mais de 200 mil habitantes.
O estudo destaca também uma realidade já conhecida: o número de homicídios de adolescentes homens e negros é maior. Eles têm treze vezes mais chances de morrer que as adolescentes mulheres e o risco de um negro ou pardo morrer é 2,85 vezes maior do que um branco ou amarelo.
Os dados alarmantes de homicídios também é verificado nas outras faixas etárias: os jovens de 19 a 24 anos tem 79% mais chances de serem mortos. Já para os de 25 a 29 anos o risco é 20% maior.
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