Devido ao baixo índice de cobertura vacinal de cães e gatos, a Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina, que aconteceu no último dia 7, será prorrogada até o dia 3 de novembro em todo o Grande do Norte. A meta de cobertura determinada pelo Ministério da Saúde, que seria de 80%, só foi atingida por 43 dos 167 municípios do Estado.
No entanto, esses números ainda são incertos, visto que 46 municípios não atualizaram os dados no sistema após o dia “D”. O dia 3 de novembro será considerada como o prazo final para inclusão dos dados no SI-PNI, quando a campanha será encerrada. Os números coletados de animais com raiva na localidade, diagnosticados laboratorialmente, preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (SESAP). Por isso o reforço da campanha, para evitar assim, um contágio nos humanos.
A Secretaria de Saúde reforça que o ideal é que os cães e gatos sejam vacinados a partir de 2 meses de idade. É necessário que, após 30 dias da primeira vacinação, a dose seja repetida. A vacina pode ser utilizada em fêmeas prenhas ou que estejam amamentando. A única restrição são os animais doentes ou que estejam fazendo uso de anti-inflamatórios ou antibióticos. A Secretaria ainda lembra que os animais só devem ser vacinados quando estiverem saudáveis (se alimentando normalmente, ativos, sem vômito ou diarreia).
Raiva
É um vírus que atinge apenas mamíferos. Os principais transmissores são os animais silvestres como morcegos, gambás e macacos, que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental. O contágio ocorre por meio da troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida. Nos cachorros essa doença é conhecida como raiva canina, ela possui alguns tipos e fases e é considerada incurável, por isso é essencial a prevenção por meio da vacina.
De janeiro até o mês atual, 15 animais já foram diagnosticados com raiva, em dez municípios potiguars, sendo 08 morcegos, 03 raposas, 02 bovinos e 02 equinos. Segundo a coordenadora de promoção à saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública, Iraci Nestor, a situação é bastante preocupante.
“Esta situação nos preocupa, pois demonstra a circulação viral no ciclo silvestre. Sendo assim, chamamos a atenção para a vacinação, principalmente dos felinos domésticos, pois esses animais são excelentes predadores. Ainda hoje em todo o mundo, especialmente na Ásia e África, a raiva humana transmitida por cão mata em torno de 55.000 pessoas todos os anos. Por isso vacinar é uma medida de extrema importância para a proteção da saúde animal e sobretudo da saúde humana”, disse.
Sintomas
Os principais sintomas são o aparecimento repentino de uma agressividade, salivação excessiva e paralisia. Além da mudança de comportamento, um cão feliz e brincalhão pode se tornar um animal quieto, recatado e cansado.
Prevenção
- Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
- Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo para avaliação e prescrição de profilaxia antirrábica humana adequada;
- Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva;
- O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais;
- Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde;
- Nunca interromper a profilaxia antirrábica humana sem ordens médicas;
- Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.
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