A ex-procuradora da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (AL/RN), Rita das Mercês, afirmou, em delação premiada ao Ministério Público Federal, que o governador Robinson Faria (PSD) ‘embolsava’, com o desvio de verbas públicas em suposto esquema de indicação de funcionários fantasmas na Casa, R$ 100 mil reais mensais, até 2010, quando deixou o cargo de presidente do Legislativo estadual.
A delação da servidora embasou a Operação Anteros, da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira (15) por decisão do ministro Raul Araujo, da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo a ex-procuradora, “Robinson Faria contava com a sua colaboração e com o auxílio do então secretário administrativo da Casa Rodrigo Marinho”. Rita das Mercês citou, ainda, outros supostos ‘colaboradores’ do esquema do governador – a então assessora da Presidência da Assembleia, Magaly Cristina da Silva, da servidora Marlucia Maciel Wilson Chacon, de Ubaldo Gesteira, Débora Katia e Francisco Edson Carvalho. As informações constam na decisão do ministro Raul Araújo.
Rita foi presa na Operação Dama de Espadas, apontada como organizadora dos esquemas de desvios na Casa. Ela ficou presa por alguns dias e acabou solta por força de habeas corpus. Em seguida, ela procurou o Ministério Público Federal para delatar os envolvidos.
Governador nega participação
Em nota, o governador Robinson Faria nega veementemente a prática de qualquer irregularidade durante seu mandato de deputado estadual, encerrado em 2010, e reforça que sempre esteve à disposição para prestar qualquer esclarecimento.
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