O IBGE divulgou os dados relativos às vendas do comércio varejista em todo o país no mês de janeiro. No Rio Grande do Norte, o chamado Varejo Ampliado (que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção), amargou o 19º mês seguido de quedas, com uma retração de 8,8% em relação a janeiro de 2016, quando as vendas já haviam registrado uma queda de 12,4% sobre o mesmo mês de 2015.
O início de ano desanimador se soma ao desalento já verificado com a queda acumulada de 9,7% em todo o ano passado, o que representou perdas de cerca de R$ 1,9 bilhão para as lojas do varejo norte-riograndense.
A retração potiguar foi bem maior que a média nacional (que ficou em 4,8%) e a terceira mais alta do Nordeste – menor apenas que as quedas verificadas no Piauí (-13,7%) e em Sergipe (-10,5%).
Os segmentos que registraram as maiores perdas nas vendas no ano foram os de Livros, jornais, revistas e papelaria, com -17%; Combustíveis e Lubrifiantes (-9%); e Hipermercados e Supermercados (-9%). Todos os segmentos registraram queda.
“São números preocupantes, particularmente preocupantes. Primeiro porque esta queda se dá sobre uma base de comparação já muito baixa, que foi a retração acima de 12% registrada em janeiro de 2016. Segundo porque o segmento que teve maior retração é aquele que vive em janeiro um dos seus melhores momentos do ano, que é o de livros e papelaria. Isto mostra que, de fato, o consumidor começou o ano com o pé no freio e cortando na carne. Infelizmente, os números de janeiro foram muito desanimadores. Resta-nos esperar fevereiro e, sobretudo, março, para vermos se as primeiras medidas de estímulo à economia já começam a impactar positivamente nos números”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
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