O presidente Michel Temer, através de mensagem publicada no Twitter, disse que determinou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que “preste todo o auxílio necessário” ao governo do Rio Grande do Norte. Após mais de 14 horas, terminou a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia da Floresta, na região metropolitana de Natal. Segundo autoridades estaduais, pelo menos dez presos foram mortos. A previsão é que o número oficial seja apresentado às 18h (horário de Natal). A penitenciária é a maior do estado.
Temer ainda disse que está acompanhando a situação no presídio desde ontem (14). Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado afirmou que o governador Robinson Faria já entrou em contato com ministro Alexandre de Moraes e pediu que a Força Nacional reforce a segurança no lado externo do presídio. A Força está no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Polícia Militar em ações de policiamento ostensivo. Nessa segunda-feira (9), o Ministério da Justiça e Cidadania já havia autorizado a prorrogação da permanência da Força Nacional por mais 60 dias no estado.
Rebelião
O governo do Estado informou que a rebelião começou após uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5. De acordo com o Major Wellington Camilo, comandante da guarda dos presídios, soltos no pavilhão, os presos teriam invadido o alojamento dos agentes penitenciários e pegaram mais armas. Não há, até o momento, registros de fugas, mas os internos ainda vão ser recontados.
A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5 mil e 900 metros quadrados de área construída. Informações publicadas no site da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania mostram que Alcaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado.
Nas duas últimas semanas, foram registradas rebeliões em fugas de presos em Manaus, Boa Vista, Santo Antônio de Jesus (BA), Itamaraju (BA) e Natal. Na região metropolitana da capital amazonense, pelo menos 60 detentos foram mortos por outros presos nos dois primeiros dias do ano no interior do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Dias depois, 33 apenados foram assassinados na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), em Boa Vista.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.