Em Assembleia realizada nesta semana, os Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aprovaram o indicativo de greve para o dia 11 de novembro.
Após quase três horas de debate, realizado no pátio do setor II de aulas da UFRN, localizado em frente à sede do Sindicato, e apenas um voto contrário, os professores decidiram pela realização de um plebiscito para definir sobre a greve nacional unificada do dia 11. Isso porque, pelo Estatuto da entidade, a decisão sobre a realização de greve só pode ser feita em plebiscito.
A decisão vai ser plebiscitada entre os dias 3 e 7 de novembro. Àqueles que votarem pela adesão à greve terão a opção de escolher entre um dia ou uma semana de paralisação e mobilizações na Universidade.
Ameaças à Educação
A Assembleia foi palco de inflamados debates sobre o avanço da PEC 241. Para o presidente do Sindicato, Wellington Duarte, o momento não admite omissão dos docentes e a Assembleia “se apresentou como um espaço legítimo, democrático e representativo para que a categoria debater sobre os efeitos nocivos da PEC 241 para Educação Pública, para a Carreira Docente, para expansão das Universidades, enfim, para todo o funcionalismo público, e se posicione diante dos acontecimentos”.
Para a diretoria do Sindicato, reduzir os investimentos públicos em educação, ciência, tecnologia, inovação e saúde vai na contramão dos objetivos de efetivamente tirar o Brasil da crise. A experiência mundial nos mostra que, sem investimentos consistentes e permanentes (nos setores apontados) não há desenvolvimento econômico.
Greve Geral
O movimento é nacional, integra a agenda da Frente Brasil Popular, e é contra outras propostas que tramitam no Congresso, como o PLS 54/2016, antigo projeto de lei complementar (PL) 257, que legisla sobre a renegociação da dívida dos estados e sinaliza para o mercado com medidas de contenção de custos que vão do arrocho salarial dos servidores públicos à privatização de empresas estatais, as Reformas da Previdência e do Ensino Médio.
“O que está em discussão é futuro da Educação Pública e das Universidades”. A frase é do presidente do Sindicato, Wellington Duarte. O dirigente critica a falta de diálogo do governo com a sociedade e a rapidez na tramitação das propostas, especialmente desse arranjo constitucional no Congresso Nacional, que é a PEC 241.
Encaminhamentos
Além de um plebiscito para greve, a Assembleia aprovou o encaminhamento do Sindicato contra a PEC 241 e a continuidade na participação da diretoria da entidade nos debates sobre a proposta de emenda à Constituição e a realização de ações políticas-culturais. Um Ato já está sendo organizado pela entidade para o dia 26 de novembro, na Praça da árvore de Mirassol.
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