O volume de água nos reservatórios do semiárido brasileiro atingiu 22%, o que revela o agravamento da crise hídrica na região, segundo informa o Instituto Nacional do Semiárido (Insa). Dos 452 reservatórios analisados, 58% já entraram em colapso ou estão em estado crítico.
Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte são os Estados mais afetados. Por isso, o Insa alerta para a necessidade de priorizar o consumo humano e restringir demais usos da água armazenada.
Situação de emergência por seca
Com base nesse péssimo período de seca, o Governo do Rio Grande do Norte decretou estado de emergência pela seca em 153 municípios potiguares. De acordo com o decreto assinado pelo governador Robinson Faria, o estado fica livre para contratar, sem licitação, as obras e os serviços necessários para reduzir os efeitos para as consequências provocadas pela estiagem. O decreto vale por 180 dias a partir da publicação.
Além dos problemas econômicos criados pela estiagem, a falta de chuva também afeta o abastecimento da população das cidades atingidas. O Governo também considerou o relatório da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern) que aponta 14 cidades em colapso e 79 com o fornecimento de água sendo feito por rodízio.
Segundo um relatório do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), dos 47 reservatórios de água com mais de 5 milhões de metros cúbicos de água no RN, 21 estão em volume morto e oito estão secos. Ainda de acordo com o Igarn, a tendência é que outros cinco entrem em volume morto até o fim do ano.
Expansão da seca
De acordo com dados do Monitor de Secas do Nordeste, ferramenta coordenada pela ANA, não há mais nenhuma área da região sem estiagem, mesmo que em níveis leves. As áreas com maior severidade de seca se expandiram em cinco Estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
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