(ANSA) – A presidente afastada Dilma Rousseff começou seu discurso de defesa no Senado em seu julgamento do impeachment. “Ao exercer a Presidência, respeite fielmente o compromisso que assumi perante a nação e me orgulho disso. Sempre acreditei na democracia e no estado de direito. Jamais praticaria atos contrários àqueles que me elegeram”, disse a mandatária afastada.
“Nessa jornada do impeachment me aproximei ainda mais do povo e ouvi também críticas duras a meu governo a erros que foram cometidos e políticas que não foram adotas. Acolho criticas com humildade. Como todos, cometo erros. Entre meus defeitos, não está deslealdade e covardia”, ressaltou. “Por isso, diante das acusações, não posso deixar de sentir na boca novamente o gosto áspero e armago da injustiça. Por isso, como no passado resisto. Não esperem de mim o silêncio dos covardes, disse ainda Dilma.
Durante seu discurso, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou que seu governo é alvo de um “golpe constitucional”. “A verdade é que o resultado eleitoral de 2014 foi um rude golpe em setores da elite conservadora brasileira”, ressaltou.
Dilma citou ainda algumas decisões legislativas tomadas durante o governo interino de Michel Temer e destacou que “a ameaça mais assustadora é congelar por inacreditáveis 20 anos as despesas com saúde, educação, saneamento e habitação”.
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