O Ministério da Integração publicou nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial, a Portaria nº 68, que altera as diretrizes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, operado pelo BNB – Banco do Nordeste, permitindo à instituição financeira retomar as linhas de financiamento em geração centralizada para projetos de grande porte nos setores de biomassa, energia eólica, energia solar fotovoltaica e PCHs. O anúncio marca o fim da vedação que existia desde 2012.
Passam a ser financiáveis esses projetos em até 60% do valor, com prazo de até 20 anos e carência de até 8 anos. Taxas de Juros de 12,95% a.a, c/ bônus de adimplência 15%, resultando em 11% a.a., para empreendimentos com faturamento anual de até R$ 90 milhões no ano de estabilização da receita da energia e de 11,18% a.a., c/ bônus de adimplência 15%, resultando em 9,5% a.a., para faturamento acima de R$ 90 milhões.
O Presidente do CERNE (Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia) Jean-Paul Prates comemorou a novidade: ”Num período de desafios políticos e econômicos para o empreendedor, esta notícia é extremamente positiva. E para o Nordeste, em especial, mais ainda. O Banco do Nordeste é uma entidade que conhece e sabe avaliar o potencial natural e humano da nossa região. Isso é fator crítico na relação de confiança entre um banco e seus financiados. Só temos as boas vindas para dar ao Banco do Nordeste. Uma notícia excelente, que contribuirá muito para a consolidação das fontes renováveis na nossa região”, afirmou Prates.
Segundo o Superintendente Estadual do BNB, José Mendes Batista: “O RN tem um grande potencial para produção de energias eólicas e fotovoltaicas, consideradas ecologicamente limpas. O retorno do apoio financeiro do Banco do Nordeste a esse setor, através do FNE, é importante, considerando a pouca oferta de linhas de financiamentos com prazos e encargos adequados. Trata-se de segmento que possui uma estreita relação com o setor produtivo, possuindo uma boa aderência aos propósitos do Banco e do FNE. Para 2016, temos orçamento que pode ser utilizado pelo setor.”
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