Já são cerca de 150 pacientes espalhados pelos corredores dos hospitais Walfredo Gurgel, João Machado e Deoclécio Marques (Parnamirim), no aguardo de cirurgias ortopédicas. O motivo da espera, que pode provocar sequelas graves em caso de fraturas não cuidadas em até 15 dias, é que o Hospital Memorial, referência em ortopedia no RN e responsável pelas cirurgias de pacientes do SUS, está com suas atividades paralisadas há 21 dias devido ao acúmulo de três meses sem o repasse de recursos por parte do Estado e do Município.
O Memorial realiza 30 cirurgias diárias e 600 por mês, com 90% dos pacientes provenientes do SUS. Durante estes 21 dias sem atividades, 630 procedimentos já deixaram de ser realizados.
O hospital conta com 325 colaboradores, 70 leitos – sendo 15 de UTI – e dispõe de um quadro clínico formado por ortopedistas especializados no tratamento de diferentes membros, como quadril, joelhos e ombros, além de clínicos gerais, anestesistas e enfermeiros.
O atraso no repasse de verbas torna crítica a situação financeira do Memorial e prejudica todo o funcionamento da instituição, o que a impede de honrar compromissos como insumos, pagamento da folha de pessoal, da energia elétrica, dos impostos, entre outros fatores essenciais para manter a prestação do serviço de qualidade.
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