Cientistas franceses emitiram um alerta informando que o vírus Zika pode causar infecções cerebrais graves em adultos. O vírus é transmitido pelo mosquito aedes aegypti e já tem sido associado a danos cerebrais em bebês. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
Até agora, não havia informações sobre efeitos do Zika nos cérebros de adultos. No entanto, os cientistas revelaram que o Zika pode causar nos adultos o desenvolvimento de uma infecção cerebral chamada meningoencefalite. A infecção envolve a inflamação do cérebro e o tecido que o cobre.
A descoberta foi feita após o vírus Zika ser encontrado no líquido espinal de um homem de 81 anos de idade. O paciente havia sido internado em um hospital de Paris pouco depois de retornar de um cruzeiro, onde ficou com febre alta e paralisia parcial. Dr Guillaume Carteaux, da Assistência Pública-Hospitais de Paris, disse à AFP: “É o primeiro caso deste tipo a ser relatado, ao nosso conhecimento”.
A presença de Zika no sistema do homem não prova que o vírus causa a infecção. No entanto, o Dr. Carteaux disse que “outras causas infecciosas, quer virais ou bacterianas, foram descartadas”. A equipe de pesquisadores escreveu no New England Journal of Medicine que o homem estava em bom estado de saúde antes de seu cruzeiro de quatro semanas, que fez paradas na Nova Zelândia, Nova Caledônia, Vanuato e Ilhas Salomão.
Das paradas de cruzeiro, apenas a Nova Caledônia está na lista do Centro de Controle de Doenças dos locais com focos Zika. O país foi adicionado na lista do CDC na quarta-feira. A lista contém mais de 30 destinos com focos de Zika, principalmente na América Latina ou no Caribe.
Os pesquisadores escreveram: “Os médicos devem estar cientes de que [vírus Zika] pode estar associado a meningoencefalite”.
Meningoencefalite
Meningoencefalite é um processo inflamatório que envolve o cérebro e meninges, produzido, muitas vezes, por organismos patogênicos que invadem o SNC (sistema nervoso central), e ocasionalmente por toxinas, problemas auto-imunes e outras condições. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de síndrome de irritação meníngea e identificada pela elevação do número de células no líquido cefalorraquidiano (LCR).
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