Em uma entrevista recente o Papa Francisco reiterou sua promessa de abrir os arquivos do Vaticano para investigações sobre a suposta colaboração do Papa Pio XII e da Igreja Católica com Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. “Há um acordo entre o Vaticano e a Itália, de 1929, que impede a abertura dos arquivos para os investigadores, mas já se passou muito tempo desde que o conflito ocorreu e não vejo nenhum problema em abrir arquivos”, disse Francisco, em um entrevista ao site israelense Ynet.
Durante décadas o papel do Papa Pio XII vem sendo criticado, tanto que ele chegou a ser conhecido como o “Papa de Hitler”, durante a Segunda Guerra Mundial, especialmente por sua suposta indiferença para com a perseguição dos judeus. No entanto, o Papa Francisco acredita que a imagem de Pio XII não correspondem com a realidade. Durante o Holocausto “Papa Pacelli deu refúgio a muitos judeus em mosteiros na Itália. Em Castel Gandolfo, nasceu 42 filhos de casais que tinham encontrado refúgio dos nazistas. Estas são coisas que as pessoas não falam”, lamentou Francisco.
Além disso, quando Pio XII morreu, Golda Meir, o então ministro das Relações Exteriores de Israel, enviou uma carta ao Vaticano, dizendo: “Nós compartilhamos a dor da humanidade. Quando o Holocausto atingiu nosso povo, o Papa defendeu vítimas”.
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