A Procuradoria-Geral da Suíça informou nesta quinta-feira (1º) que um banco suíço foi o responsável por levantar suspeitas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em um comunicado divulgado pela Folha de São Paulo, a Procuradoria diz que recebeu em abril deste ano um relatório sobre lavagem de dinheiro de um banco no país referente ao deputado. Depois da abertura de um processo, os ativos de Eduardo Cunha foram bloqueados, declarou o Ministério Público suíço, em sua primeira manifestação oficial sobre o tema.
Assim como a Procuradoria-Geral da República anunciou na quarta (30) no Brasil, as autoridades suíças confirmaram que abriram ação criminal contra Cunha sob suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e que repassou todo material para o território brasileiro.
“Como Eduardo Cunha é cidadão brasileiro, ele não pode ser extraditado para a Suíça. Por essa razão, a OAG (Procuradoria da Suíça), através do Departamento de Justiça da Suíça, transferiu os procedimentos contra Cunha para o Brasil para que ele possa ser investigado e julgado pelas autoridades judiciais brasileiras”, declarou a Procuradoria-Geral da Suíça.
Investigado pelo STF
Cunha já é investigado na Operação Lava Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma denúncia contra ele, em agosto, ao Superior Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) também foi denunciado.
Nas denúncias, o procurador-geral pede a condenação dos dois sob a acusação de terem cometidos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a Procuradoria, eles receberam propina de contratos firmados entre a Petrobras e fornecedores da estatal.
Na denúncia contra Eduardo Cunha, a Procuradoria também pede que sejam devolvidos US$ 80 milhões – US$ 40 milhões como restituição de valores supostamente desviados e mais US$ 40 milhões por reparação de danos. Os dos parlamentares negam as acusações.
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