Política

Recontagem de votos: CCJ da Câmara debate polêmica proposta

Deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados retomaram nesta quarta-feira (11) a discussão sobre um projeto de lei que permite a recontagem física de votos em eleições. A proposta, apresentada em 2015 pelo deputado federal Carlos Henrique Gaguim (União-TO), altera a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997).

Segundo Gaguim, a impossibilidade atual de recontagem física reduz a transparência do sistema eleitoral brasileiro. Seu projeto permite que órgãos nacionais de partidos políticos solicitem a recontagem, física ou digital, em até 48 horas após a divulgação oficial do resultado das eleições.

O relator na CCJ, deputado José Medeiros (PL-MT), propôs modificações. Ele sugere que, após cada eleição, 5% das urnas eletrônicas sejam selecionadas aleatoriamente por meio de sorteio público, com a presença de representantes de partidos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras entidades. A contagem manual ocorreria na própria seção eleitoral, pelos membros da mesa receptora.

Em seu voto, Medeiros defendeu que "A implementação da contagem pública em uma amostra aleatória de 5% das urnas busca aprimorar a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral, sem comprometer a celeridade da apuração. A seleção aleatória das urnas para contagem manual serve como mecanismo de auditoria, permitindo a identificação de possíveis inconsistências entre os resultados eletrônicos e físicos".

Medeiros apresentou seu relatório no dia 4 de dezembro, votando pela aprovação do PL 1.169/15 e outros projetos similares. No entanto, a análise foi suspensa devido a um pedido de vista de alguns deputados para um estudo mais aprofundado do assunto.

O movimento suprapartidário Pacto Pela Democracia, em nota pública, manifestou-se contra o projeto. Representando 23 entidades, entre elas a Transparência Brasil e a Conectas Direitos Humanos, o Pacto argumenta que o PL 1.169/15 representa uma "volta ao passado" e visa instituir o voto impresso, alimentando a desconfiança no sistema de votação, comprovadamente seguro e íntegro. Nota do Pacto Pela Democracia

As organizações sociais também acrescentaram que atores antidemocráticos têm questionado a integridade do sistema eletrônico de votação, apesar de inúmeros relatórios que comprovam sua segurança. Segundo elas, o objetivo é disseminar desinformação e minar a confiança nas urnas eletrônicas.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas.Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo.Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores.Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para romario@oportaln10.com.br.

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