Economia

Copom, inflação nos EUA e cenário fiscal brasileiro: os destaques econômicos do dia

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic domina a agenda econômica desta quarta-feira. A expectativa é de um aumento na taxa de juros, com a maioria das instituições prevendo uma alta de 75 pontos-base, embora a possibilidade de um aumento de 100 pontos-base esteja ganhando força. O presidente da Câmara, Arthur Lira, comentou sobre a resistência ao pacote de contenção de gastos, mas afirmou que a votação pode ocorrer ainda esta semana. Projetos sobre gatilhos fiscais e limitação do aumento real do salário mínimo já têm relatores designados. O governo também avalia ajustes no projeto do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Além da reunião do Copom, o mercado acompanha a divulgação dos dados sobre o setor de serviços no Brasil. As projeções indicam uma expansão de 0,5% em outubro e um crescimento de 5,5% na comparação anual, com pressão inflacionária. O Ibovespa, após dois dias de alta, pode enfrentar dificuldades para subir, enquanto o EWZ opera estável no pré-mercado. A curva de juros e o câmbio podem ser influenciados pela alta dos retornos dos Treasuries, mantendo o cenário fiscal em foco.

No cenário internacional, a atenção se volta para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, indicador crucial para a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) na próxima semana. As estimativas apontam uma aceleração anual de 2,7% no mês passado. Os ativos financeiros americanos apresentam altas limitadas na espera pelo dado. O dólar se valoriza frente ao euro e ao yuan, com especulações de que o governo chinês pode permitir o enfraquecimento da moeda em 2025 para mitigar os impactos de um possível aumento de tarifas sob uma eventual administração de Donald Trump.

Há ainda expectativas sobre estímulos econômicos na China e as decisões de juros do Banco Central Europeu (BCE), que ocorre amanhã, e do Banco da Inglaterra, do Japão e do Fed, na próxima semana. No CME Group, as apostas para um corte menos agressivo dos juros americanos (25 pontos-base) são majoritárias (86,1%), enquanto a possibilidade de manutenção dos juros atuais fica em 13,9%. As bolsas europeias mostram ímpeto limitado antes da reunião do BCE, que deve reduzir os juros em 25 pontos-base. O TD Securities destaca que a linguagem da presidente Christine Lagarde, após a decisão, será o centro das atenções nos mercados.

No âmbito político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da posse dos ministros Vital do Rêgo e Jorge Oliveira na presidência e vice-presidência do Tribunal de Contas da União (TCU). A saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também é outro ponto de observação.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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