Nesta segunda-feira (2), a TV Brasil, canal público pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), comemorou seu 17º aniversário. A emissora registrou um significativo crescimento de audiência, ocupando atualmente o quinto lugar entre os canais abertos do país, segundo dados da Kantar Ibope Media. Em 2017, sua posição era a 27ª.
Com uma média de mais de 183 mil telespectadores simultâneos, a programação da TV Brasil abrange uma ampla variedade de gêneros, incluindo telejornalismo, atrações infantis, séries, esportes, filmes, teledramaturgia, musicais e entretenimento. A parceria com a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), composta por 126 afiliadas de televisão e 162 geradoras de rádio, ampliou o alcance da emissora para mais de 128 milhões de brasileiros.
O diretor-presidente da EBC, Jean Lima, destacou a importância da TV Brasil como emissora pública, afirmando: “A TV Brasil é um patrimônio do povo brasileiro, que tem a missão de informar e prestar um serviço público para mostrar nossa identidade, cultura e a nossa pluralidade. E tem também o papel de levar para o cidadão informação de qualidade e conteúdo cultural”. Ele reforçou ainda a importância do papel da TV Brasil em “informar, levar conteúdo de qualidade e, também, entretenimento e cultura e acesso à informação”.
Lima anunciou investimentos em diversas áreas, incluindo: conteúdo nacional e regional; audiovisual brasileiro; esportes, com foco no futebol feminino; entretenimento; produção cultural; e, principalmente, o fortalecimento do jornalismo, considerado crucial no combate às *fake news*. A EBC lançou um edital com mais de R$ 110 milhões em investimentos no audiovisual, abrangendo programação infanto-juvenil, séries sobre natureza e meio ambiente, culinária, e até mesmo uma novela baseada em radionovela de Janete Clair da Rádio Nacional.
Para 2025, a EBC planeja uma cobertura destacada de dois importantes eventos internacionais: a presidência brasileira do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ampliado com Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia) e a COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Belém do Pará. Lima declarou: “Pretendemos ser a emissora sede nestes dois eventos para transmitir para todo mundo o que é de suma importância para o debate sobre o fortalecimento do multilateralismo e, também, para discutir um mundo mais justo e sustentável.”
A diretora de Jornalismo da EBC, Cidinha Matos, enfatizou o crescimento da credibilidade do jornalismo da TV Brasil e a crescente participação das emissoras da RNCP, valorizando a diversidade regional e cultural. Ela afirmou: “Nosso jornalismo tem conquistado relevância e credibilidade. Crescemos em audiência, em participação nos grandes debates, e estamos cada dia mais empenhados em levar informação de qualidade, com responsabilidade e prestação de serviço aos nossos telespectadores”.
Antonia Pellegrino, diretora de Conteúdo e Programação da EBC, destacou a programação diversificada da TV Brasil, buscando refletir a pluralidade da população brasileira, com foco na cultura, educação e informação. Ela ressaltou a importância de “acolher toda a diversidade da população brasileira, em uma grade que seja diversa e que traga também a regionalidade. É importante que essas pessoas se reconheçam na TV Brasil, na TV pública.” Pellegrino mencionou como destaques a TV Brasil Animada (única programação nacional de TV aberta voltada para crianças), jornalismo esportivo com transmissões de futebol feminino, a telenovela em produção e programas como *Sem Censura* (com Cissa Guimarães) e *Dando a Real* (com Leandro Demori).
Pellegrino também anunciou novidades na programação para as próximas semanas: a nova temporada do programa *Samba na Gamboa*, com Teresa Cristina, e o programa de culinária *Xodó de Cozinha*, apresentado por Regina Tchelly, fundadora do projeto Favela Orgânica.
Finalmente, a TV Brasil se destacou por um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que apontou a emissora como a instituição federal com maior engajamento nas redes sociais entre as 136 analisadas. Segundo Pellegrino, este sucesso se deve à criação de conteúdos exclusivos e à capacidade de diálogo com o público, reconhecendo que a audiência vai além da televisão tradicional, incluindo plataformas digitais e redes sociais.
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