O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (2) um aumento significativo de casos de arboviroses no Espírito Santo, concentrando a maior parte das ocorrências no país. A situação gerou preocupação com a rápida disseminação das doenças.
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, o estado registrou em 2024:
- 152.800 casos prováveis de dengue, com 40 mortes confirmadas e sete em investigação. O coeficiente de incidência é de quase 4.000 casos para cada 100.000 habitantes.
- 1.763 dos 9.600 casos de febre do Oropouche registrados no país.
- 13.309 dos 363.500 casos prováveis de chikungunya.
- 516 dos 6.400 casos prováveis de zika.
Em resposta à situação, o Ministério da Saúde realizou uma reunião com gestores estaduais e especialistas. A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente liderou o encontro para alinhar estratégias de controle das arboviroses. “O Espírito Santo foi um dos principais focos da reunião, devido ao aumento significativo de casos nas últimas semanas. O estado tem concentrado a maior parte das ocorrências de arboviroses no país, o que gerou preocupações sobre a rápida disseminação da doença. Esse cenário levou a discussões sobre a eficácia das ações de vigilância e a necessidade de reforçar o controle dos vetores.”, afirmou o Ministério.
Outros estados também enfrentam desafios. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a preocupação central é a sobrecarga do sistema de saúde durante epidemias. “A reunião destacou a necessidade de melhorar o planejamento de resposta, especialmente nas unidades de saúde que atendem um grande volume de casos.”, informou o Ministério. A situação em São Paulo exigiu “a reorganização das equipes e o desenvolvimento de estratégias para evitar a saturação dos serviços”.
Minas Gerais, por sua vez, focou na ampliação da capacidade de diagnóstico e criação de protocolos para o manejo de arboviroses. “O estado tem investido em parcerias com universidades locais para fortalecer a vigilância, com resultados positivos na detecção precoce de chikungunya e outras doenças”, segundo o Ministério. Este modelo de colaboração foi considerado uma “boa prática, com potencial para ser adaptado por outros estados”.
O Ministério concluiu a reunião reforçando o compromisso com: o fortalecimento da rede de vigilância, a melhoria da comunicação entre as esferas de saúde e a implementação de práticas baseadas em evidências científicas para o controle das doenças transmitidas por vetores.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.