Meio Ambiente

Justiça determina medidas para proteger Rio Doce em Natal

A Prefeitura de Natal foi obrigada pela Justiça a adotar medidas urgentes de proteção ao Rio Doce, localizado na Redinha, zona Norte da capital potiguar. A decisão, proferida pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal, atende a uma Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

O MPRN alegou em sua ação a existência de grave degradação ambiental e social na área do rio, incluindo construções ilegais e famílias em situação de vulnerabilidade. A ação detalhou a ocupação irregular como principal causadora dos problemas ambientais na região.

A liminar, concedida em caráter emergencial, impõe à Prefeitura um cronograma rigoroso de ações. Em 90 dias, o município deverá isolar a área impactada. A realocação das famílias residentes na área deverá ser concluída em 180 dias. A remoção das construções ilegais e entulhos deve ocorrer imediatamente após a conclusão da realocação das famílias. O descumprimento de qualquer dessas determinações acarretará em uma multa diária de R$ 10.000,00.

A decisão judicial se baseia no direito constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, afirmando a responsabilidade do município na proteção ambiental e no combate à poluição. O documento judicial ressalta que a ocupação irregular impede o funcionamento ecológico, paisagístico e recreativo do Rio Doce, e que a inércia pode causar danos irreversíveis.

Além das medidas imediatas, a Justiça determinou que a Prefeitura de Natal realize a limpeza do leito do rio, removendo a vegetação flutuante. Este procedimento visa melhorar a qualidade da água e o fluxo hídrico. A ACP também solicita a adequação do sistema de drenagem da Comunidade África, para evitar a poluição do Rio Doce. Isso envolve a instalação de todos os dispositivos necessários para o pleno funcionamento do sistema de drenagem.

A sentença judicial cita a Constituição Federal, especificamente o artigo 225, que trata do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. A íntegra da Constituição Federal pode ser consultada aqui.

O MPRN, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou a decisão judicial e reiterou seu compromisso com a defesa do meio ambiente e dos direitos das populações vulneráveis. A assessoria também indicou que acompanhará de perto o cumprimento da decisão judicial pelo município.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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