Economia

Cut e UGT aprovam ajuste fiscal, mas criticam pressão do mercado

As centrais sindicais CUT e UGT manifestaram nesta quinta-feira (28) sua posição sobre o pacote de ajuste fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Enquanto aprovam a maior parte das medidas, ambas as entidades expressaram preocupação com a pressão externa sobre o governo.

O pacote, que prevê uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos e R$ 327 bilhões em cinco anos, inclui medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. A CUT destacou essa medida como positiva, afirmando que “alivia o bolso daqueles que mais contribuem para o desenvolvimento do Brasil e que hoje pagam mais impostos”.

Outras medidas elogiadas pela CUT incluem a tributação de rendimentos acima de R$ 50.000, considerada “um passo necessário para enfrentar a desigualdade social no Brasil”, e a trava em benefícios fiscais em caso de déficit primário. A central também endossou as alterações nos benefícios previdenciários dos militares e a destinação obrigatória de metade das emendas parlamentares para a saúde.

Apesar do apoio geral, a CUT apontou pontos a serem revistos, criticando especialmente a redução do alcance do abono salarial. Em sua nota, a central argumentou que “este benefício era destinado à parcela dos trabalhadores formais de menores salários, ou seja, os mais pobres”. A CUT ressaltou sua vigilância sobre o processo, declarando: “Reconhecemos que dentro do pacote apresentado pelo ministro há avanços para a classe trabalhadora, que devem ser mantidos; mas a CUT estará vigilante neste processo para que não soframos perdas”.

A UGT, por sua vez, enfatizou o alívio proporcionado pela mudança na tributação para milhões de brasileiros, especialmente aqueles com orçamentos apertados devido ao alto custo de vida. A central destacou que a medida “promove maior equidade tributária, uma vez que reduz a carga sobre os trabalhadores de baixa e média renda” e “reforça a importância de políticas públicas que priorizam a redução da desigualdade e promovem uma distribuição de renda mais justa”.

Entretanto, ambas as centrais sindicais expressaram preocupação com a pressão do mercado financeiro e parte da imprensa, que, segundo a CUT, estão pressionando o governo “com o suposto fantasma da crise fiscal para executar medidas impopulares de cortes que impactam políticas sociais e o povo mais pobre”.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros ministros, incluindo Esther Dweck (Gestão), Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento), participaram de coletivas de imprensa para explicar o pacote de cortes de gastos do governo. O governo e o Congresso esperam votar o corte de gastos ainda este ano.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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