A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), em colaboração com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), prendeu nessa terça-feira (26) um casal suspeito de aplicar o golpe do “novo número” contra uma vítima de Natal.
A operação, denominada “Repressão Integrada”, envolveu a Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e o Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (GREF/DEIC). Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN).
Segundo as investigações, os suspeitos se passaram pelo filho da vítima, enviando mensagens pelo WhatsApp com a justificativa de que haviam trocado de número. Usando fotos de perfil semelhantes às do familiar, o casal convenceu a vítima a fazer seis transferências bancárias, totalizando R$ 19.640,00. Os pedidos de ajuda financeira alegavam dificuldades temporárias, induzindo a vítima ao erro. O crime ocorreu em outubro deste ano.
Após rastrear as transações e coletar dados sobre os envolvidos, a DRCC identificou que os suspeitos estavam em Goiás. A PCGO foi acionada, iniciando uma troca de informações de inteligência policial. Com base nas evidências, a Justiça deferiu os pedidos de prisão preventiva e busca e apreensão.
Na tarde de terça-feira, os suspeitos foram localizados nos bairros Village Santa Rita e Cidade Jardim, em Goiás. Após a prisão [vídeo abaixo], foram conduzidos à sede do DEIC para os procedimentos legais, onde prestaram depoimentos acompanhados por advogado.
O casal será processado por fraude eletrônica (art. 171, §2º-A do Código Penal), lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal). Somadas, as penas podem ultrapassar 15 anos de reclusão, dependendo da gravidade das infrações e do julgamento.
Casos como esse reforçam a necessidade de cautela ao receber mensagens solicitando dinheiro, especialmente quando acompanhadas de pedidos urgentes. A Polícia recomenda que, ao receber mensagens de números desconhecidos se passando por familiares, o usuário entre em contato direto com o suposto emissor por outra via para confirmar a veracidade.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.
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