O Brasil alcançou um marco significativo na geração de energia solar, atingindo a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional. Com esse feito, o país se junta a um grupo exclusivo de seis nações – Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão – que superaram essa expressiva capacidade. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) na terça-feira, 26 de novembro de 2024.
A Absolar destaca que a energia solar representa atualmente 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, ocupando a segunda posição, atrás apenas da energia hidrelétrica. Essa porcentagem considera a potência operacional instalada, e não o consumo efetivo na rede elétrica. De acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, a energia solar representa 7,94% da potência elétrica fiscalizada, considerando apenas os 16,5 GW gerados pelas grandes usinas solares.
A geração de energia solar no Brasil é distribuída entre grandes usinas e pequenos e médios sistemas. Os sistemas de geração própria, caracterizados por sua pequena e média escala, lideram com 33,5 GW de potência instalada, enquanto as grandes usinas solares respondem por 16,5 GW. De janeiro a outubro de 2024, foram instaladas 119 novas usinas solares, adicionando 4,54 GW à capacidade elétrica fiscalizada do país, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É importante ressaltar que a potência fiscalizada, que representa a capacidade efetivamente instalada, é ligeiramente inferior à potência outorgada pela Aneel.
Desde 2012, o setor de energia solar no Brasil atraiu investimentos de R$ 229,7 bilhões e gerou R$ 71 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. Além disso, a Absolar estima que essa fonte de energia tenha evitado a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico.
Entretanto, a Absolar expressou preocupação com a recente decisão do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), que elevou o Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares de 9,6% para 25%. A entidade argumenta que essa medida pode desestimular investimentos e prejudicar o crescimento da energia solar, especialmente em um momento crucial de transição energética. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) justificou a medida como necessária para fortalecer a indústria nacional e gerar empregos.
Ranking Mundial de Potência Acumulada de Energia Solar (Fonte: Absolar):
- 1) China – 817 GW
- 2) Estados Unidos – 189,7 GW
- 3) Alemanha – 94,36 GW
- 4) Índia – 92,12 GW
- 5) Japão – 90,4 GW
- 6) Brasil – 50 GW
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