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Justiça bloqueia 4,7 milhões do governo do RN para garantir manutenção de maternidade

Por ora, a decisão busca garantir a continuidade das atividades médicas do hospital e evitar que a crise administrativa prejudique diretamente os pacientes.

A Justiça do Trabalho determinou o bloqueio imediato de R$ 4.765.668,12 das contas do Estado do Rio Grande do Norte para garantir o funcionamento do Hospital Maternidade Almeida Castro, localizado em Mossoró. A decisão partiu da 2ª Vara do Trabalho, em atendimento a um pedido de tutela antecipada feito pela Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim), que enfrenta atrasos nos repasses financeiros para serviços terceirizados da unidade hospitalar.

Segundo o juiz Magno Kleiber Maia, responsável pela decisão, o bloqueio tem como objetivo assegurar o funcionamento contínuo do hospital, que desempenha um papel essencial para a saúde pública local. O magistrado destacou que a medida busca preservar direitos fundamentais, afirmando que “a proteção de bens jurídicos mais valiosos que a proteção ao erário, qual seja, o direito à saúde e o direito à vida”, foi o foco central de sua decisão.

O Hospital Maternidade Almeida Castro está sob intervenção judicial, conduzida pela Justiça do Trabalho, devido a uma série de irregularidades administrativas e financeiras detectadas em 2014. Na época, uma ação civil pública foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), apontando a precariedade na gestão da Apamim e o acúmulo de problemas trabalhistas.

De acordo com o juiz, a ausência de repasses financeiros para o hospital já provocou atrasos nos pagamentos de profissionais terceirizados, como fisioterapeutas, anestesistas e ginecologistas. Essa situação, conforme advertiu, pode levar a uma paralisação em massa desses trabalhadores, comprometendo a assistência médica e potencialmente resultando em um “colapso nos serviços prestados por esta instituição, além dos inimagináveis impactos na vida de milhares de pacientes”.

Contexto e fontes de financiamento

O Hospital Maternidade Almeida Castro é mantido principalmente com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e convênios firmados entre a Apamim, o Governo do Estado e a Prefeitura de Mossoró. Contudo, os atrasos nos pagamentos levaram à necessidade de intervenção judicial para garantir a continuidade dos serviços essenciais.

O processo relacionado ao bloqueio (nº 0001141-20.2014.5.21.0013) segue em tramitação na Justiça do Trabalho. Apesar da decisão, o governo do Rio Grande do Norte ainda pode contestar o bloqueio dos valores junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN).

Justiça bloqueia 4,7 milhões do governo do RN para garantir manutenção de maternidade
Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró — Foto: Divulgação

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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