Aumento mensal e anual da cesta básica em São Paulo
Um novo levantamento realizado pelo Procon-SP em parceria com o Dieese revelou um aumento de 1,15% no custo da cesta básica na cidade de São Paulo em outubro, em comparação com setembro. O valor médio passou de R$ 1.268,03 em 30 de setembro para R$ 1.282,60 em 31 de outubro. A pesquisa também analisou a variação nos últimos doze meses, registrando um aumento acumulado de 8,52%.
Análise por grupo de produtos
Embora a cesta básica tenha apresentado aumento geral, houve variações significativas entre os grupos de produtos. O grupo de ‘alimentação’ registrou alta de 1,60% em outubro, enquanto os grupos ‘higiene pessoal’ e ‘limpeza’ apresentaram quedas de 2,04% e 0,63%, respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses, ‘alimentação’ subiu 9,89%, ‘higiene pessoal’ 3,69%, e ‘limpeza’ teve uma redução de 3,2%.
Principais itens com aumento de preços
Entre os alimentos, os maiores aumentos em outubro foram observados em: carne de segunda sem osso (8,71%), carne de primeira (7,44%), café em pó (6,49%), óleo de soja (5,5%) e farinha de trigo (5,49%). A análise de 12 meses apontou aumentos ainda mais expressivos em alguns produtos, com destaque para batata (48,35%), café em pó (33,05%), arroz (28,97%), alho (24,46%) e leite (24,15%).
Causas dos aumentos de preços
De acordo com o Procon-SP, as oscilações de preços são multifatoriais e dependem do item analisado. Entre os fatores citados estão: problemas climáticos (como a estiagem e queimadas que impactaram a produção de carne bovina), sazonalidade, desequilíbrios entre oferta e demanda, flutuações no preço das commodities, variações cambiais, formação de estoques e alterações na tributação.
Situação específica de alguns produtos
O Procon-SP destacou fatores específicos para alguns produtos: o encarecimento da carne bovina foi atribuído a fatores climáticos e ao aumento das exportações; a alta no preço do café foi relacionada à reduzida oferta global, principalmente no Vietnã, direcionando a demanda para o Brasil e impulsionando as exportações, além da seca que ameaça a próxima safra; a valorização do óleo de soja foi justificada pela alta demanda interna, principalmente pelas indústrias de biodiesel e alimentos, combinada com a maior valorização no mercado externo e aumento dos prêmios de exportação; e o aumento do preço do trigo e seus derivados, como a farinha, foi atribuído à baixa produtividade no estado.
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