Em uma ação coordenada nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu três pessoas suspeitas de integrarem um grupo de extermínio. Entre os detidos está um policial militar do estado. A operação, batizada de “Poder Paralelo”, foi realizada em parceria com a Polícia Militar do Estado e envolveu ações em cidades do interior do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
A operação foi liderada pela Divisão Especializada na Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) e teve como alvo crimes de milícia privada e homicídios, além de suspeitas de envolvimento de policiais militares de ambos os estados citados. Além das prisões, três pessoas estão sendo monitoradas por tornozeleiras eletrônicas por suspeita de participação nas atividades criminosas.
Durante o cumprimento dos mandados, as equipes policiais apreenderam um vasto arsenal, incluindo pistolas, revólveres, uma espingarda, e munições de diversos calibres. Também foram encontrados coletes balísticos, distintivos, insígnias de instituições policiais e outros equipamentos que reforçam o indício de atuação organizada.
A escolha do nome da operação, “Poder Paralelo”, reflete o impacto das ações ilícitas realizadas por agentes que deveriam atuar em defesa da sociedade, mas que, segundo as investigações, criaram um ambiente de medo e insegurança para a população.
Desdobramentos e suporte policial
Após as prisões [vídeo da operação mais abaixo], os suspeitos foram levados para a delegacia responsável, onde passaram pelos procedimentos de praxe antes de serem transferidos para o sistema prisional. Eles permanecem à disposição da Justiça. A operação também contou com o apoio de diversas delegacias e departamentos especializados, incluindo:
- Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD);
- Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP);
- Departamento de Inteligência Policial (DIP);
- Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas de Natal (DEPROV/Natal);
- Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Natal (DEFUR/Natal);
- Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente Infrator de Natal (DEA/Natal);
- Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da Paraíba;
- Batalhão de Choque da Polícia Militar do RN.
A ação das forças de segurança incluiu a análise de vínculos entre os suspeitos e a possível formação de uma estrutura organizada para cometer os crimes. Investigadores apontam que a participação de agentes de segurança pública nos esquemas, como policiais militares, pode agravar as penas. Com base na legislação brasileira, os suspeitos poderão responder por homicídio qualificado, formação de milícia privada e crimes correlatos. Dependendo do julgamento, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
A Polícia Civil reiterou a importância da participação popular no combate a atividades criminosas. Informações podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.
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