O Philadelphia Eagles, um dos times mais tradicionais da NFL, está prestes a fazer história ao jogar pela primeira vez no Brasil. A partida contra o Green Bay Packers acontecerá nesta sexta-feira (6), às 21h15, na Arena Corinthians, em São Paulo. No entanto, a preparação para o jogo tem sido marcada por declarações polêmicas de alguns jogadores, especialmente do cornerback Darius Slay, que expressou preocupações sobre a segurança no país.
Durante um episódio de seu podcast, o “Big Play Slay”, Darius Slay declarou que não queria viajar para o Brasil, citando a “alta taxa de criminalidade” como motivo. O jogador afirmou: “Eu não quero ir para o Brasil. A taxa de crimes é alta. Eu me pergunto por que a NFL quer nos mandar para um lugar onde a taxa de crime é tão alta”. Essa fala gerou reações imediatas entre fãs e especialistas, sobretudo pela forma como o jogador abordou a segurança no país, questionando a decisão da liga de realizar o jogo em solo brasileiro.
Slay reforça preocupações e se retrata
A preocupação de Slay com a segurança em São Paulo não é isolada. Ele mencionou que os jogadores foram instruídos a não saírem do hotel devido ao risco de violência, o que aumentou sua relutância em participar da viagem. O jogador chegou a dizer que pediu para sua família não acompanhá-lo ao Brasil, preferindo que eles permanecessem nos Estados Unidos.
“Disseram-nos para não sair do hotel. Não podemos fazer muitas coisas porque a taxa de criminalidade é alta… Então, eu disse para minha família não ir para lá porque eu não vou sair do meu quarto no hotel”, comentou Slay em seu podcast.
A declaração gerou polêmica nas redes sociais e, após a repercussão negativa, Slay utilizou a plataforma X (antigo Twitter) para pedir desculpas. “Quero me desculpar com qualquer pessoa que ofendi, essa não foi minha intenção”, escreveu o jogador. Ele também acrescentou que estava “ansioso para jogar no Brasil” e elogiou a paixão dos fãs brasileiros por esportes, comparando-os aos fãs do Eagles, conhecidos por seu fervor nos Estados Unidos.
Darius Slay não foi o único atleta do Eagles a demonstrar preocupações. O wide receiver A.J. Brown também comentou que passaria a maior parte do tempo dentro de seu quarto de hotel. Em uma reunião com o time no final de agosto, os jogadores receberam uma lista de coisas a não fazer enquanto estivessem em São Paulo, o que parece ter contribuído para aumentar a apreensão de alguns deles.
“Nós tivemos uma reunião, e foram muitas recomendações do tipo ‘não faça isso, não faça aquilo’. Então, eu só quero ir lá, ganhar o jogo e voltar para casa” disse Brown, reforçando que sua prioridade é focar na partida e evitar qualquer situação que possa comprometer a segurança.
Em contraste com as preocupações de Slay e Brown, o quarterback Jalen Hurts, uma das estrelas do Eagles, adotou uma postura mais entusiasta em relação à viagem ao Brasil. Hurts destacou que jogar no país é uma “oportunidade única na vida” e que ele está empolgado em vivenciar essa experiência internacional.
“É algo para ficar muito empolgado, um palco internacional. O Brasil, pelo que ouvi, é um lugar incrível, um lugar lindo. Eles também são muito apaixonados por esportes e seus fãs são extraordinários” comentou Hurts. Sua visão otimista sobre a experiência no Brasil equilibra a narrativa, trazendo à tona o aspecto positivo de expandir a NFL para novos territórios.
Foco no jogo
Apesar das controvérsias envolvendo a viagem, o técnico do Philadelphia Eagles, Nick Sirianni, tem deixado claro que o foco do time é totalmente voltado para a partida. Segundo ele, o objetivo é vencer o jogo e a equipe está mentalmente preparada para isso.
“Estamos indo para lá para jogar e ganhar um jogo de futebol americano. Esse é o nosso único objetivo. Controlamos aquilo que podemos controlar. Estamos empolgados com essa oportunidade”, afirmou Sirianni, reafirmando a importância de manter a concentração no aspecto esportivo.
Os Eagles estão previstos para chegar ao Brasil nesta quarta-feira (5), com o treinamento programado para acontecer na Neo Química Arena e no CT Joaquim Grava no dia seguinte. A hospedagem será em um hotel no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, onde os jogadores permanecerão até o fim da estadia no país.
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