A produção industrial do Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 13,7% entre janeiro e agosto de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). Esse avanço é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 3% no mesmo período, e coloca a indústria potiguar em destaque no cenário nacional. No contexto regional, o Nordeste apresentou um aumento modesto de 1,2% na produção industrial.
A indústria do Rio Grande do Norte tem se mantido em primeiro lugar no ranking nacional de crescimento industrial desde julho de 2023, acumulando uma liderança contínua de 14 meses. Esse resultado expressivo foi impulsionado, sobretudo, pela expansão das atividades de refino e biocombustíveis, que cresceram 33,6%. Produtos como óleo diesel e gasolina automotiva foram fundamentais para essa alta, evidenciando a relevância da indústria de combustíveis para a economia estadual.
A indústria do Ceará também se destacou no cenário nacional, apresentando o segundo maior crescimento entre os estados brasileiros, com uma taxa de 8,9%. Em um momento em que o setor industrial assume uma importância crescente no volume de crédito, ultrapassando a agropecuária, o Banco do Nordeste reafirmou sua dedicação em apoiar essa área na região, que abrange os nove estados do Nordeste, além de parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
No Rio Grande do Norte, as linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) destinaram R$ 138 milhões à atividade industrial e agroindustrial neste ano, incentivando setores como alimentos e bebidas, vestuário, petróleo e gás, açúcar e álcool e construção civil. Dessa forma, o financiamento abrange uma ampla gama de atividades econômicas, promovendo a diversificação e o crescimento da indústria local.
As micro e pequenas empresas foram especialmente beneficiadas, recebendo 50% dos recursos alocados pelo FNE. Com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, essas empresas fazem parte dos setores prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que busca incentivar o desenvolvimento econômico equilibrado na região.
Para o superintendente do Banco do Nordeste no Rio Grande do Norte, Jeová Lins, a atuação da instituição é de grande relevância para o fortalecimento da indústria potiguar. Segundo ele, “a abrangência do crédito do BNB na atividade industrial é digna de registro. A diversidade de atividades; a diversidade de portes empresariais e a capilaridade desse trabalho, que chega à porta de toda e qualquer fábrica, nos distritos industriais, nas cidades ou mesmo na zona rural, dão-nos a certeza de uma participação importante no crescimento apontado pelo IBGE e Etene”.
A fala do gestor destaca o papel do Banco do Nordeste como um agente fundamental na promoção do desenvolvimento industrial e no suporte a empreendedores locais, independentemente do porte.
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