Natal registrou o segundo maior valor da cesta básica entre as capitais nordestinas em outubro de 2024, conforme dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o levantamento, o valor médio em Natal chegou a R$ 576,23, ficando atrás apenas de Fortaleza, onde o custo foi de R$ 641,34.
A pesquisa, que acompanha 17 capitais brasileiras, revelou aumento no custo da cesta básica em todas as regiões no último mês. Entre as capitais, as maiores variações mensais ocorreram em Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal, com alta de 4,01% em relação a setembro.
Essa elevação nos preços impacta diretamente a população, principalmente as famílias com menor poder aquisitivo que dependem exclusivamente do salário mínimo atual.
A análise dos produtos que compõem a cesta básica de Natal apontou aumentos significativos em nove dos 12 itens avaliados. Tomate foi o produto com maior aumento, subindo 29,63% em relação ao mês anterior. Também apresentaram alta expressiva a carne bovina de primeira (7,68%), óleo de soja (6,81%), leite (3,59%), feijão carioquinha (2,27%), café em pó (1,65%), farinha de mandioca (0,26%), pão francês (0,21%) e arroz (0,11%).
Por outro lado, três itens registraram queda de preço, ainda que de forma mais sutil: banana (-4,51%), manteiga (-1,56%) e açúcar (-0,81%).
Valores da cesta básica em capitais do Nordeste em outubro de 2024
- Fortaleza: R$ 641,34
- Natal: R$ 576,23
- João Pessoa: R$ 566,46
- Salvador: R$ 560,65
- Recife: R$ 548,19
- Aracaju: R$ 519,31
Ao longo de 2024, a inflação acumulada na cesta básica de Natal alcançou 3,63%, reforçando a preocupação com o orçamento das famílias potiguares. No contexto de uma família que depende exclusivamente do salário mínimo vigente, esses aumentos dificultam o acesso a uma alimentação básica de qualidade, evidenciando o impacto das variações de preço sobre o poder de compra.
Além disso, essa situação reflete um cenário de alta nos produtos alimentícios em todo o país, pressionando o orçamento familiar em um período marcado por inflação elevada.
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