Em um pronunciamento marcado por críticas diretas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao governo, o senador Rogério Marinho (PL-RN) destacou, nesta terça-feira (29), a que considera uma forte rejeição popular às práticas do partido que hoje governa o país. Marinho enfatizou que o resultado nas urnas reflete um “não” contundente da população ao PT, apesar dos esforços da sigla – segundo ele, com campanhas intensivas e políticas que Marinho descreveu como “populistas”.
Para o senador, a derrota do PT nas eleições evidencia o descontentamento dos brasileiros com o modelo de gestão petista. “Vejo articulistas políticos fazendo verdadeiras acrobacias para tentar justificar o fato de que a esquerda foi flagrantemente derrotada nessas eleições. Precisamos nos debruçar sobre os números com isenção. O Partido dos Trabalhadores, que hoje preside o nosso país, mesmo com essa estrutura, mesmo com os gastos absurdos, com o descontrole fiscal, com a política populista que tenta comprar a consciência da população, recebeu um sonoro não, um gesto claro de repúdio, um gesto claro de afastamento dessa forma nefasta de exercer o poder, que é a marca do Partido dos Trabalhadores [PT]“, declarou Marinho.
O senador destacou ainda o crescimento do Partido Liberal (PL) nas últimas eleições, afirmando que o avanço da legenda é reflexo do apoio popular à direita e, em especial, à liderança de Jair Bolsonaro. Segundo ele, a chegada de Bolsonaro ao PL resultou em um aumento expressivo na base eleitoral do partido, o que representa, para Marinho, uma “realidade incontestável” de aprovação popular ao projeto político de direita.
O parlamentar criticou duramente a cobertura midiática sobre o desempenho do PL nas eleições, citando como exemplo uma manchete que teria visto na Folha de S.Paulo. “Vejo uma manchete, acho que foi na Folha de S.Paulo: O PL foi o que mais venceu nas grandes cidades, mas foi o grande derrotado. É um paradoxo tão claro! E é uma demonstração de que a imprensa se esmera em mostrar uma situação que não condiz com a realidade. Devem ter uma fábrica de criatividade para tentarem encobrir o óbvio e justificar o injustificável“, ironizou Marinho.
Marinho apresentou uma comparação dos números eleitorais para embasar sua crítica. De acordo com ele, o PL, antes da filiação de Bolsonaro, era apenas o 11º partido do Brasil em quantidade de votos para prefeitos, enquanto hoje ocupa a primeira posição, com um salto de 4,5 milhões para quase 16 milhões de votos. “Gostaria que a imprensa me explicasse como é que Bolsonaro perdeu? Como é que o PL perdeu? Pois o PT, que era o sexto colocado no Brasil, continua sexto colocado no Brasil“, afirmou o senador, questionando a narrativa da mídia que, segundo ele, tenta minimizar o êxito do PL nas urnas.
A fala de Marinho reflete o clima de polarização e disputa entre forças políticas do país, especialmente entre as agendas representadas pelo PT e pelo PL, este último fortalecido por figuras como Bolsonaro e o próprio Marinho. A análise do senador deixa explícita sua visão de que os resultados eleitorais representam uma mensagem clara de apoio à direita e de descontentamento com a atual administração petista.
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