O reconhecimento facial para apostas online já está em fase de testes no Brasil e será obrigatório a partir de janeiro de 2025. De acordo com o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), que detém 75% do mercado de apostas no país, essa tecnologia está sendo integrada às plataformas associadas, com o objetivo de aumentar a segurança e evitar fraudes, além de impedir o acesso de menores de idade.
O Brasil será o primeiro país a adotar essa tecnologia de maneira tão abrangente no setor de apostas online, o que inclui uma verificação da identidade do usuário em diferentes momentos durante o processo de aposta.
A autenticidade das informações cadastradas também será verificada, e qualquer inconsistência resultará no bloqueio imediato do acesso do usuário. Essa medida tem como finalidade impedir fraudes, além de garantir que menores de idade não consigam realizar apostas, conforme estabelecido pela Lei 14.790/2023, que proíbe a participação de menores de 18 anos em apostas.
A inteligência artificial também será integrada aos sistemas das plataformas associadas ao IBJR, contribuindo para bloquear tentativas de acesso por crianças e adolescentes. A biometria será cruzada com outras tecnologias para identificar e impedir condutas irregulares, incluindo o uso de documentos falsos ou roubados para acessar as plataformas de apostas. O uso dessa tecnologia visa aumentar a proteção dos usuários e fortalecer as medidas de segurança contra possíveis fraudes.
Essa solução de reconhecimento facial será semelhante à já adotada por bancos e instituições financeiras no Brasil, utilizando dados armazenados em sistemas governamentais e no setor financeiro. O objetivo principal é garantir que as transações e apostas sejam realizadas de forma segura, impedindo que fraudadores ou pessoas não autorizadas consigam manipular o sistema.
Além de prevenir fraudes, o reconhecimento facial também permitirá maior controle sobre as atividades de apostas esportivas, que têm crescido rapidamente no Brasil. A implementação desse tipo de tecnologia marca um novo patamar na regulamentação do setor, garantindo maior proteção tanto para os apostadores quanto para as empresas que operam no mercado.
O Ministério da Fazenda reforçou a importância dessas medidas de segurança, alinhando-se ao Estatuto da Criança e do Adolescente, para garantir que o acesso de menores às plataformas de apostas seja efetivamente bloqueado.
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