O Brasil atingiu no segundo trimestre de 2015 uma taxa de desocupação estimada em 8,3%, a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é maior tanto na comparação com o 1º trimestre de 2015 (7,9%), quanto com o 2º trimestre de 2014 (6,8%).
A região Nordeste foi a que mais registrou desempregados no 2º trimestre de 2015 frente ao mesmo período de 2014, a taxa de desocupação cresceu em todas as regiões: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%). Entre as unidades da federação, Bahia teve a maior taxa (12,7%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).
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A população desocupada (8,4 milhões de pessoas) subiu 5,3% frente ao trimestre imediatamente anterior e, na comparação com o 2º trimestre de 2014, subiu 23,5%. O nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,2% no 2º trimestre de 2015, permanecendo estável frente ao trimestre anterior e apresentando queda em relação ao 2º trimestre do ano passado (56,9%).
A população ocupada foi estimada em 92,2 milhões, e ficou estável frente ao trimestre imediatamente anterior e na comparação com o 2º trimestre de 2014. No 2º trimestre de 2015, 78,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, percentual estável em relação ao trimestre anterior e a igual trimestre de 2014.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 1.882. Este resultado é considerado estável nas duas comparações. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 167,9 bilhões, registrando estabilidade tanto em relação ao 1º trimestre de 2015, quanto ao segundo trimestre de 2014. A publicação completa com os dados divulgados hoje está disponível no link (http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pnad_continua/).
As análises apontaram diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres. Este comportamento foi verificado nas cinco Grandes Regiões. No 2º trimestre de 2015, a taxa total de 8,3% foi estimada em 7,1%, para os homens, e 9,8%, para as mulheres. A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, 18,6%, apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (8,3%). Este comportamento foi verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco Grandes Regiões.
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto (13,8%) era superior à verificada para os demais de níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 9,7%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (4,1%).
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