A água é um direito humano básico e gratuito, ou deveria pertencer a grandes corporações e ser tratado como um mero produto comercial? De acordo com o presidente da Nestlé, a água deve ser privatizada.
Segundo o portal Actualidad RT, o ex diretor geral da Nestlé e agora presidente do maior produtor de alimentos do mundo, afirma que as empresas devem ter toda a água do planeta e as pessoas não devem consumi-la caso não paguem por ela. Não surpreendentemente, o ex executivo da Nestlé, Peter Brabeck-Letmathe, admite que sua ideia da privatização da água é muito semelhante ao da GM da Monsanto – indústria multinacional de agricultura e biotecnologia., situada nos Estados Unidos e líder mundial na produção do herbicida glifosato.
Em entrevista, Brabeck-Letmathe disse que nunca houve “uma doença” causada pelo consumo de organismos geneticamente modificados, segundo Anthony Gucciardi, comentarista do portal NaturalSociety. Gucciardi lembra ainda que a gigante Nestlé é uma empresa que extrai água subterrânea para alguns dos seus produtos, destruindo completamente as áreas rurais sem compensação alguma. Como informa a Corporate Watch, a Nestlé e seu ex-CEO tem uma longa história de desrespeito à saúde pública e abuso ambiental, apesar de ter faturamento anual de cerca de 35 milhões de dólares com a venda de garrafas de água. “A produção de água mineral Nestlé envolve um abuso dos recursos hídricos vulneráveis. Na região da Serra da Mantiqueira no Brasil, a extração excessiva causou danos e declínio a longo prazo”, diz a Corporate Watch. “Então, é a água um direito humano e deve ser propriedade de grandes corporações? Bem, se a água não é de todos, então talvez o ar deve ser de propriedade de grandes corporações também.”, diz a NaturalSociety.
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