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Cartão corporativo: Bolsonaro gastou R$ 13,7 milhões em hotéis

Corrigido pela inflação, o valor gasto por Bolsonaro nos quatro anos foi menor do que de Lulanos primeiros mandatos e da ex-presidente Dilma Rousseff em seu primeiro mandato

Os dados do cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram divulgados na noite desta quarta-feira (11/01) e mostram que o então chefe do Executivo gastou ao menos R$ 27,6 milhões durante os quatro anos de mandato.

A divulgação atende a um pedido feito em dezembro por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Fiquem Sabendo, agência de dados públicos, e estão disponíveis no site do governo (veja aqui). Os dados mostram que Bolsonaro gastou pelo menos R$ 13,7 milhões em hospedagem, muitas delas em hotéis de luxo. Somente no Ferraretto Hotel, no Guarujá, cidade do litoral paulista, foi pago R$ 1,4 milhão.

Na alimentação, outra parcela significativa nos gastos gerais do cartão — R$ 10,2 milhões —, se destacam:

  • Os R$ 8.600 gastos em sorveterias
  • Cerca de R$ 408 mil em peixarias
  • Em padarias, Bolsonaro gastou R$ 581 mil ao longo do mandato

Corrigido pela inflação, o valor gasto por Bolsonaro nos quatro anos foi menor do que de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos primeiros mandatos e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em seu primeiro mandato.

Até então, o governo Bolsonaro argumentava que deixaria os valores em sigilo até o fim do mandato, seguindo um trecho da própria lei.

Sendo assim, o fato dos gastos estarem públicos não se relaciona, em tese, com os “sigilos de 100 anos” de Bolsonaro, contestados pelo governo Lula (PT) em pedido feito à CGU (Controladoria-Geral da União) no dia da posse.

O que é o cartão corporativo?

O uso dos cartões corporativos pelo governo federal é regulamentado pelo Decreto nº 5.355/2005.

O que ele diz

  • O cartão deve ser utilizado para “pagamento das despesas realizadas com compra de material e prestação de serviços, nos estritos termos da legislação vigente
  • Segundo o Portal da Transparência, o uso do cartão não pede a obrigatoriedade de licitação, mas devem seguir “os mesmos princípios que regem a Administração Pública – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, bem como o princípio da isonomia e da aquisição mais vantajosa

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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