Saindo em defesa do candidato a senador Rafael Motta (PSB), a candidata a deputada federal Thabatta Pimenta (PSB) criticou a ação de Carlos Eduardo (PDT) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o classificou como “ditador”.
“Carlos Eduardo deve ter aprendido essa tirania com o atual presidente, que ele ajudou a eleger“, comenta Thabatta. “E esse é exatamente o tipo de político que precisamos e queremos tirar de Brasília, por entender que o restabelecimento da nossa democracia é prioridade e deve unir o país“.
Carlos Eduardo solicitou, na representação, que Rafael Motta se abstenha de fazer campanha nos eventos e movimentações políticas oficialmente realizados pela coligação “O melhor vai começar”.
Vale ressaltar que Rafael é do mesmo partido do candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin. E Carlos Eduardo, por sua vez, já confirmou seu voto em Ciro Gomes (PDT).
Entenda o caso
A coligação de quatro partidos (MDB/ PDT/ PROS/Republicanos) e mais a Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV) — que tem como candidatos a governadora Fátima Bezerra (PT), à reeleição, e Carlos Eduardo (PDT), ao Senado — propuseram representação ao TRE para que o deputado federal e candidato a senador Rafael Motta (PSB) se abstenha de fazer campanha nos eventos e movimentações políticas oficialmente realizados pela coligação “O melhor vai começar”, “respeitando o arco de aliança registrado na Justiça Eleitoral, a vontade e a autonomia partidária”. A coordenação de campanha de Fátima Bezerra informou que não teria sido consultada sobre a medida judicial. A ação é assinada pelos advogados Erick Pereira, Leonardo Palitot e Raffale Campelo.
Na representação, a coligação “O melhor vai começar” alega que que “é urgente e muito grave”, a situação trazida ao TRE, sobretudo diante da conjuntura que pode eclodir acaso o candidato da coligação “Vontade do Povo” (PSB/AVANTE/AGIR), “siga com a conduta adotada na campanha, de insistir adentrar nas manifestações e eventos da coligação”. Segundo a coligação situacionista, o deputado Rafael Motta “vem gerando situações conturbadas e constrangedoras, insistindo em participar das movimentações, apresentando-se como candidato da coligação O melhor vai começar”.
A coligação de Fátima Bezerra e Carlos Eduardo Alves alerta, nos autos, que “tal possibilidade é vedada pela legislação eleitoral, além de gerar uma extrema confusão no eleitor e um claro prejuízo à coligação, na medida em que esta deixa de poder evidenciar o seu candidato real”.
Como prova, a coligação “O melhor vai começar” anexou aos autos informações veiculadas em blogs e redes sociais, de que Rafael Motta agiu dessa forma na quarta-feira (17) durante uma mobilização da governadora do Estado, quando teria causado transtornos e colocado seu carro e de apoiadores no meio do comboio governista em São Gonçalo do Amarante. A coligação governista aponta dispositivo da legislação da propaganda eleitoral, que atenta a tal situação, previu a necessidade de comunicação antecipada à autoridade policial para que “essa lhe garanta, segundo a prioridade de aviso, o direito contra quem pretenda usar o local no mesmo dia e horário (Lei nº 9.504/1997, artigo 39, parágrafo 1º)“.
A representação contra Rafael Motta diz que a presença dele nos atos da coligação “O melhor vai começar” termina por confundir o eleitor, que pode, desavisadamente, “acreditar que este na verdade é o candidato da coligação, o que não é real”.
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