A escalada das cotações internacionais do petróleo após o início da guerra da Ucrânia pode elevar em 30% até agosto o preço do gás natural.
Os contratos de gás natural entre Petrobras e distribuidoras são reajustados trimestralmente com base na variação dos preços do petróleo.
Considerando as projeções de preço do petróleo feitas pela EIA (Agência de Informações em Energia do governo dos Estados Unidos), o preço permaneceria em torno dos US$ 13 até dezembro.
De acordo com a Abrace, esse aumento elevaria em 25% a tarifa do gás consumido por indústrias, que passaria de R$ 2,85 por metro cúbico em março para R$ 3,57 por metro cúbico em setembro.
Quatro distribuidoras de gás encanado ainda têm liminares contra o reajuste nos novos contratos da Petrobras: SCGás, ESGás, Sergás e as duas distribuidoras da Naturgy que atendem o Rio de Janeiro.
Os analistas Eduardo Faria e Gyslla Vasconcelos avaliam que o cenário de preços do petróleo e do gás após o início da guerra se caracteriza mais como uma crise econômica.
Pode haver impactos na conta de luz, já que o custo de operação de diversas térmicas no Brasil está indexado aos mercados internacionais.
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