Boas notícias para a luta contra o câncer! Recentemente, uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma vacina contra o câncer que demonstrou uma taxa de sucesso de 100% no tratamento do melanoma em camundongos.
Especificamente, esta vacina compreende um fármaco de imunoterapia em conjunto com um composto químico que aumenta a eficiência, demonstrando que ele tem a capacidade para combater a recorrência de cancro, diminuindo a probabilidade de recaída no futuro.
Assim, observou-se que a vacina treina o sistema imunológico para atacar tumores cancerígenos, demonstrando uma resposta completa, tanto curativa quanto preventiva em relação ao melanoma.
Treina o sistema imunológico para combater o câncer
Esta vacina inovadora foi desenvolvida por cientistas do Scripps, em conjunto de pesquisadores do Southwestern Medical Center, no Texas (EUA).
Para isso, em primeiro lugar, os pesquisadores analisaram aproximadamente 100 mil compostos, a fim de identificar um que aumentaria a eficácia de um medicamento de imunoterapia contra o câncer.
Finalmente, eles identificaram um composto químico chamado Diprovocim, que se liga a um receptor imune encontrado em camundongos e humanos, chamado receptor do tipo Toll.
Posteriormente, após a identificação deste, começaram a avaliar o mecanismo a partir do qual este produto químico ajuda a aumentar a eficácia do tratamento contra tumores em camundongos.
Para isso, foram utilizados camundongos com uma forma agressiva de melanoma que foi geneticamente projetado para conter ovalbumina.
Em particular, a ovalbumina é um marcador frequente que é geralmente usado para estudar reações imunológicas no câncer, uma vez que ela funciona como um antígeno ao desencadear respostas imunes em pacientes.
Desta forma, todos os camundongos receberam um medicamento de imunoterapia usado como tratamento anti-câncer chamado anti-PD-L1, cuja função é impedir que células tumorais evitem o sistema imunológico.
Subsequentemente, os ratos foram divididos em três grupos, dos quais apenas o primeiro recebeu a combinação de anti-PD-L1 com uma dose de ovalbumina, de modo que o sistema imunitário podesse aprender a identificar tumores como intrusos.
O segundo grupo de ratos recebeu ambos os compostos mais Diprovocim, a fim de estimular o sistema imunológico. Por último, o terceiro grupo, que em vez de Diprovocim, recebeu Alume, uma substância que também serve para estimular o sistema imunológico.
100% eficaz na cura e prevenção
Depois de cumprir o protocolo experimental, os pesquisadores observaram que, enquanto o primeiro grupo tinha uma taxa de sobrevivência de 0%, os ratos que receberam alume alcançaram 25% de sobrevivência.
Por outro lado, os camundongos que faziam parte do segundo grupo, que recebeu tanto anti-PD-L1, ovalbumina e Diprovocim, sobreviveram 100%.
A esse respeito, os pesquisadores explicam que a vacina estimula respostas imunes no organismo, das quais são produzidas células especiais que combatem o câncer, chamadas de leucócitos tumorais infiltrantes.
Além disso, observou-se que, uma vez eliminado o câncer, os efeitos foram mantidos, de modo que os indivíduos, quando vacinados, se tornaram imunes a um novo surto da doença.
Finalmente, os pesquisadores estão trabalhando em mais testes com esta vacina até que finalmente seja possível que uma terapia como essa funcione em humanos.
FONTE: Academia de Ciência dos EUA
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