A Federação Nacional dos Médicos (FENAM) lamenta a decisão da prorrogação do Programa Mais Médicos (MP 723/2016) por mais três anos e lembra que, em audiência realizada no dia 19 de maio em Brasília, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, prometeu analisar a garantia dos direitos trabalhistas aos participantes do Mais Médicos .
“A aprovação da medida é uma grande surpresa para todos, devido à continuação das diversas irregularidades que permeiam desde o início do programa”, afirmou o presidente da FENAM, Otto Baptista
Hoje, o Brasil paga ao governo Cubano um bilhão de reais pela importação de 10 mil profissionais. São vários os fatores que fazem alguns países não aderirem ao programa. O abandono dos médicos participantes, as diferenças culturais e a falta do entendimento do idioma, algo que tem gerado avaliações errôneas aos pacientes.
A FENAM entende que a prorrogação do Mais Médicos reproduz erros do passado e não ajuda a resolver os problemas da saúde pública no Brasil. “É lamentável que, mesmo em um momento de mudança, a ideia ainda seja trazer intercambistas que não contribuem em nada para a saúde pública Brasileira”, finaliza Otto.
A Comissão Mista da Câmara e Senado formada para analisar a medida aprovou o parecer do relator Humberto Costa (PT-PE) na última quarta-feira (6). A MP prolonga por três anos o prazo de dispensa da revalidação do diploma, para o caso de médicos formados no exterior, e prorroga também por três anos o visto temporário dos médicos estrangeiros participantes do programa.
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