Cientistas identificaram pela primeira vez a área do cérebro no giro frontal responsável pelo ‘efeito placebo’ no alívio da dor, de acordo com um estudo recente do Instituto de Reabilitação de Chicago publicado na revista PLOS. Um placebo é um fármaco, terapia ou procedimento inerte, que apresenta, no entanto, efeitos terapêuticos devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente de que ele está a ser tratado.
A localização da zona de ativação do efeito placebo, que é responsável pela eliminação da dor, pode desenvolver um tratamento mais personalizado para milhões de pacientes com dor crônica. A tecnologia de ressonância magnética concebida especialmente para o estudo pode marcar o começo de uma era de terapia de dor individualizada, graças à possibilidade de identificar como o cérebro de uma pessoa responde a uma droga.
“A nova tecnologia vai permitir que os médicos vejam qual parte do cérebro é ativada durante a dor e escolher a medicação específica para esta área”, disse Vania Apkarian, um dos autores do estudo.
Os cientistas dizem que a descoberta “fornece mais dados baseados em evidências sobre a dor. Os médicos podem saber em que medida a área da dor é afetada pelos medicamentos”.
Efeito placebo em medicamentos
Muitos médicos podem atribuir efeito placebo a medicamentos com princípios ativos, mas que apresentam efeitos terapêuticos diferentes do esperado. Por exemplo, um comprimido de vitamina C pode aliviar a dor de cabeça de quem acredite estar ingerindo um analgésico, sendo um exemplo clássico de que o que melhora é não apenas o conteúdo do que ingerimos mas também o acreditar que estamos a ser tratados. Seguindo esta corrente de pensamento, o dicionário médico Hooper cita o placebo como “o nome dado a qualquer medicamento administrado mais para agradar do que beneficiar o paciente”.
Efeito placebo em terapias
Além dos medicamentos, o placebo também pode ser utilizado em terapias diversas e em pesquisas científicas. Um exemplo é a terapia a laser. Nesse caso, o laser é aplicado no paciente no modo desligado, podendo ser associado a um medicamento ou não. Depois, liga-se o laser, com a intenção de identificar se há melhora ou não. A irradiação do laser desligado pode ser considerado um efeito placebo. A utilização desse método em terapias tem sido bastante eficaz para comprovar a efetividade de uma determinada terapia
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