Variedades

Um tubarão de 512 anos? A notícia que não é inteiramente verdade

Um tubarão da Groelândia, também chamado de tubarão do norte e encontrado nas águas do Atlântico, foi a pauta de vários meios de comunicação que se apressaram em comunicar uma suposta grande descoberta do mundo da ciência: o animal foi divulgado como tendo pelo menos 512 anos.

O próprio tubarão em questão tem vários séculos de idade, mas, em primeiro lugar, o estudo citado pela mídia nesses últimos dias não é nada novo: foi publicado na revista Science em agosto de 2016. Em segundo lugar, os cientistas que participaram dessa investigação e que analisaram a possível idade de 28 fêmeas de tubarões boreais nunca chegaram a conclusão de que elas ultrapassaram os 500 anos.

Em relação ao seu tamanho, o maior animal entre eles (502 centímetros) poderia ter 512 anos, mas os pesquisadores, presos à verdade científica, limitaram-se a dizer que sua idade poderia variar entre 272 e 512 anos e, finalmente, eles estimaram isso em 392 anos.

O investigador principal do estudo, Julius Nielsen, confirmou ao portal LiveScience que os tubarões examinados tinham pelo menos 272 anos e que sua idade máxima poderia ser de 512 anos, embora o valor mais provável fosse 390. Dada a imprecisão, ele ressaltou que há um certo grau de insegurança em relação a essas estimativas.

“Mas, mesmo com o limite inferior desta faixa etária – pelo menos 272 anos – os tubarões da Groelândia tornam-se os vertebrados mais velhos, vivos e conhecidos pela ciência”, disse o biólogo marinho dinamarquês.

In exactly 1 hr and 7 minutes a satellite tag will pop-off from this Greenland shark female, it will float to the surface and establish contact with an Argos satellite. It will then transmit information on position as well as occupied temperatures the past 3 months. By tomorrow morning I will hopefully have the data which just can make it into my PhD before ending in four weeks. All of this (except handing in PhD in four weeks) will however only happen IF 1) the shark is not under sea ice (which would inhibit satellite transmission), 2) the sea is not too rough where the shark is which could lead to that the tag cap can’t be exposed properly in the air or 3) that the shark has not been deeper than 2,000 m which would have crushed the tag and destroyd it…. it also requires that there is no annoying animal eating the tag before we get the data which happened to us on a previous deployment. FINGERS CROSSED🤞🏻#greenlandsharkproject Photo credit: Takuji Noda 📸

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Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, também administra a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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