Variedades

Três teorias científicas para entender o temido inverno de ‘Game of Thrones’

Se você assiste à série “Game of Thrones”, com certeza já ouviu a frase que se repete como um mantra desde que foi pronunciada por Ned Stark na primeira temporada: “Winter is coming” – “O inverno está chegando”.

Mas o curioso é que os personagens não sabem exatamente quando ele vai chegar, ao contrário dos habitantes da Terra, onde as estações começam e terminam sempre na mesma data.

Uma das principais particularidades do mundo fantástico recriado com base na série de romances “A Song of Ice and Fire (Uma canção de gelo e fogo), do americano George R.R. Martin, é a extrema variação entre as estações.

Os verões e os invernos têm uma duração indeterminada e por isso os habitantes dos Sete Reinos passam a série se perguntando quanto tempo irão durar. Mas esse cenário fictício tem alguma explicação científica possível?

A BBC Mundo, o site em espanhol da BBC, encontrou pelo menos três:

1. Inclinação variável do eixo de rotação

Na Terra, as diversas estações do ano se devem à inclinação de 23,5 graus de seu eixo.

Graças a ele, o hemisfério que está mais perto do Sol durante a rotação do planeta tem um clima mais quente ─ o verão ─ e seis meses depois, mais frio ─ o inverno ─ já que a Terra demora um ano para dar a volta ao redor da estrela central.

Além disso, a inclinação do eixo da Terra é extremamente estável. E isso se deve à Lua, que é muito maior do que os satélites da maioria dos planetas. Sem ela, o ângulo de inclinação iria variar em resposta aos “puxões” gravitacionais do Sol e de Júpiter. E as estações do ano não seriam tão estáveis.

É notável que o planeta de Game of Thrones tem ao menos uma lua, como é revelado no episódio The Kingsroad.

E os livros também mencionam que houve outra, que se quebrou ao se aproximar demais do Sol e liberou assim milhares de dragões. Será que esse cataclismo celestial pode ter provocado uma mudança brusca na inclinação do eixo da Terra?

2. Uma órbita grande demais

A Terra gira ao redor do Sol em uma órbita elíptica, apesar de ser praticamente circular. Mas nem todos os planetas giram formando um círculo quase perfeito em torno da estrela central.

Mercúrio, por exemplo, tem a órbita mais excêntrica do sistema solar. Os astrônomos usam um parâmetro para medir quanto a rotação de um corpo celestial se desvia de um círculo perfeito.

A de Mercúrio é 0,2056, contra 0,0167 da Terra. Quanto mais perto de zero, mais a órbita se aproxima de um círculo perfeito.

Ao rodar de uma forma elíptica de forma muito pronunciada, há momentos em que o planeta fica muito longe do Sol, uma das razões pelo qual o clima é mais frio do que o do inverno na Terra. E esse ‘desvio’ também tem consequências na duração das estações ─ uma explicação que poderia ser aplicada à série.

3. Planeta circumbinário

Outra teoria científica usada para explicar o clima instável do planeta onde ficam os Sete Reinos é que ele seja circumbinário.

Em 2013, Veselin Kostov, Daniel Allan, Nikolaus Hartman, Scott Guzewich, Justin Rogers, cientistas da Universidade de Cornell, em Nova York, publicaram um estudo argumentando sobre a possibilidade de o planeta da série orbitar em torno de duas estrelas, e não só uma. E explicavam como seriam as estações se o mundo de “A Song of Ice and Fire” pertencesse a um sistema binário.

Segundo os especialistas, um mundo com essa característica poderia experimentar estações curtas ou longas que se sucederiam de forma caótica, sem um padrão determinado, como na série.

Segundo a lenda, no mundo dos Westeros houve uma vez em que o inverno durou 900 dias. Esse tipo de planeta existe. Até hoje, já foram descobertos 15 sistema circumbinários.

Por isso, a explicação do clima louco e sem precedentes de Game of Thrones poderia estar em alguma dessas teorias. E também poderia ser uma combinação de todas elas.

Há até quem, em referência à mudança climática, diz que “Winter is coming” não é apenas um mantra, mas sim uma advertência clara.

BBC

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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