Novelas

No primeiro capítulo, Terra e Paixão semeia elementos para ser sucesso

Estreia da nova trama de Walcyr Carrasco espalhou marcas que podem render conflitos que prendem o público

Terra e Paixão”, nova novela das nove, entrou em cena mostrando a que veio. Repleta de elementos tradicionais em tramas escritas pelo autor Walcyr Carrasco, o folhetim espalhou marcas que podem ser valiosas e prender o telespectador com o passar dos meses.

Acelerada, a história já colocou sobre a mesa as posições de todos os personagens centrais. Além disso, contou com uma rapidez ultimamente comum nos primeiros capítulos de novelas da Globo. Não teve tempo do telespectador ter compaixão de Samuel (Ítalo Martins), marido assassinado de Aline, vivida por Bárbara Reis.

Neste momento, entra em cena o primeiro elemento mágico: mocinha sofrida, que perde tudo e promete vingança contra quem a destruiu. Em seguida, surge o grande responsável pela ruína da protagonista, o malvado Antônio La Selva, de Tony Ramos. Tirano e capaz de fazer tudo pelo próprio bem, até matar o esposo da inimiga, ele promete tirar o sono das donas de casa que acompanham “Terra e Paixão” com suas maldades.

A trama ainda apresentou à Aline seus três novos pretendentes: os irmãos Caio (Cauã Reymond) e Daniel (Johnny Massaro), além de Jonatas (Paulo Lessa). O trio promete se estapear pelo coração da heroína.

Outro elemento inerente à história, mas presente na construção da forma que os fatos são contados, é o aspecto didático e mastigado que detalhes dos personagens foram expostos. Assim como em todas suas tramas, Walcyr Carrasco não economizou em colocar na boca dos atores e atrizes descrições minuciosas de informações do passado e características de personalidade. Antônio La Selva repetiu várias vezes, somente no primeiro capítulo, que “aquelas terras são minhas por direito”, em alusão à propriedade de Aline.

Bárbara Reis, Suzana Vieira e Tony Ramos brilham em estreia de “Terra e Paixão”

Suzana Vieira foi quem roubou a cenas nos minutos iniciais do primeiro capítulo. Na pele da misteriosa e carismática Cândida, a atriz mostrou que ainda tem muita lenha para queimar levando a dona do bar mais famoso da cidade de Nova Primavera a esconder com maestria Aline dos bandidos que a queriam morta.

Falando na protagonista, Bárbara Reis fez uma boa estreia como mocinha no horário mais nobre da TV. A atriz transbordou dramaticidade no choro doído de uma viúva que teve a vida destruída ao perder o marido por uma disputa de terra. Terra essa que ela segurou nas mãos e prometeu aos céus permanecer o cultivar. Eis aí mais um elemento digno do ‘Walcyrverso’ das novelas, já visto com Ana Francisca (Mariana Ximenes) de “Chocolate com Pimenta” (2003), em cena na qual ela jura vingança contra quem riu de sua desgraça.

Por fim, Tony Ramos indicou mais uma vez que sabe fazer vilões tão bem quanto mocinhos. Antônio La Selva exalou maldade e ódio, com direito a tapa na cara do próprio filho, Daniel.

Com vingança, disputa por amor e ‘cara de novela’, “Terra e Paixão” pode ser sucesso se não querer inventar a roda. Um bom desenvolvimento de conflitos pode trazer a tão esperada salvação do horário das nove que a Globo espera após o fracasso de “Travessia”. Walcyr Carrasco tem as sementes na mão. Basta adubar bem a terra.

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Claudio Augusto

Meu nome é Cláudio Augusto, jornalista formado pela UFG. Com passagem pela TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás, atua no Todo Canal desde 2019. Também com experiência no site NaTelinha.

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