Televisão

Globo recebe processo de R$ 1 milhão por transfobia no Fantástico

A Rede Globo está enfrentando um processo milionário movido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo devido a uma reportagem exibida no “Fantástico”, acusada de conter transfobia. Segundo a ação, a emissora utilizou termos preconceituosos ao se referir a um homem transexual, que faleceu em 2018, após décadas vivendo com documentos falsos.

O pedido de indenização é de R$ 1 milhão, e a Globo tenta resolver a questão por meio de uma conciliação.

De acordo com informações obtidas pelo Notícias da TV, a intimação foi entregue pouco depois da exibição da reportagem, em fevereiro de 2019. O Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat) argumenta que a emissora desrespeitou Lourival Bezerra ao referir-se a ele como “uma mulher que se passava por homem”, enquanto o termo correto seria “homem transexual”. A audiência de conciliação deve ocorrer no dia 31 de agosto.

Reportagem sobre homem trans levou a processo contra a Globo por transfobia

A reportagem em questão, sobre Lourival Bezerra, foi excluída do acervo do Fantástico no Globoplay. Assim sendo, há apenas um aviso não especificado sobre modificações na versão web. Na ocasião, Poliana Abritta, que apresentava o programa ao lado de Tadeu Schmidt, narrou a chamada para a investigação do caso. Aliás, nesse momento que se utilizaram os termos que são objeto da denúncia de transfobia.

Apesar da remoção da reportagem do Fantástico, outra afiliada da Globo, a TV Anhanguera, reprisou o material no Jornal Anhanguera 1ª Edição, mantendo os termos questionados pelo Ibrat. Nesse sentido, a apresentadora Lilian Lynch também utilizou a expressão “mulher que passou a vida inteira vivendo como homem”.

Lourival Bezerra de Sá faleceu aos 78 anos em 2018, vítima de um infarto fulminante. Após sua morte, descobriu-se que ele havia nascido com um gênero diferente daquele com o qual se identificava e viveu toda a sua vida. Assim sendo, a polícia investiga o caso, buscando esclarecer se foi uma questão de identidade transgênero ou se havia algum motivo oculto para o uso de documentos falsos.

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