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Profissão Repórter 26/07/2017 – violência no Rio e o seu reflexo nos hospitais públicos

Profissão Repórter desta quarta-feira, dia 26/07, encara violência no Rio e o seu reflexo nos hospitais públicos.

Dentro da máxima de que “os números não mentem”, aqueles que são reportados pelos hospitais públicos do Rio de Janeiro deixam escancarada a situação de violência na cidade e arredores. O hospital municipal Salgado Filho, na zona norte da capital, recebeu 504 pessoas baleadas em 2016 e, de janeiro a junho deste ano, já foram 409. No Hospital Geral de Nova Iguaçu, na baixada fluminense, foram atendidas 410 pessoas baleadas de janeiro a julho de 2017, enquanto em 2016 o total foi de 475 vítimas no ano. Por dentro da rotina desses e de outros hospitais da região, Caco Barcellos, Danielle Zampollo e Erik von Poser viraram noites para acompanhar os plantões e relatar o que acontece por ali, no ‘Profissão Repórter’ desta quarta-feira, dia 26.

Em quase 40 horas de plantão ao longo do fim de semana no Hospital Geral de Nova Iguaçu, Danielle contabilizou seis vítimas de ferimentos a bala e uma de ferimento por arma branca (faca). “A maioria que está ali é de vítimas: um estava cantando no karaokê e foi atingido na perna, outro reagiu a assalto de moto, um homem foi atingido por uma bala de fuzil e está algemado na maca – mas a esposa diz que ele é inocente”, relata a repórter. Com uma média de dois atendimentos desse tipo por dia, o hospital é referência para muitos municípios da baixada fluminense, embora esteja funcionando em constante déficit. Além disso, quem passa por lá vive com medo. “As pessoas têm muito receio de falar com a gente, por conta de possíveis represálias, a gente sabe que é complicado”, explica Danielle. Um homem, que também chegou ferido ao hospital, chegou a ameaçar Danielle enquanto ela gravava.

Dividindo-se entre plantões de dois hospitais, um em São Gonçalo e outro em Duque de Caxias, na baixada fluminense, Caco Barcellos relata o que viu em três noites na emergência desses locais. “Foi uma loucura, fiz os plantões da madrugada, sem dormir, e o que vemos ali são histórias dessa guerra, as pessoas chegam baleadas nos tiroteios da cidade. No último plantão, foram três entradas de esfaqueados e um já morto, em Duque de Caxias”, conta.

Na zona norte da capital fluminense, Erik von Poser participou de dois plantões também no fim de semana, no Hospital Salgado Filho. “Em tese, essas noites que acompanhei foram até mais calmas do que costumam ser, mas vi chegar um homem baleado, às 6h da manhã, no carro da polícia. Esse nem foi socorrido porque já chegou morto ao hospital”, comenta o repórter. Nos relatos que ouviu, a preocupação das pessoas era de que a falta de recursos, já bastante grave na rede pública, ficava ainda mais acentuada com o aumento na demanda por atendimentos de casos extremos gerados pela violência.

Você pode conferir o programa logo após o “Futebol 2017”, a partir das 23h45, na Rede Globo.

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