A Prefeitura de Apodi decidiu cancelar o Carnaval 2021 em razão da pandemia da Covid-19. Não foi uma decisão fácil para o prefeito Alan Silveira (MDB). Houve forte resistência de setores econômicos do município, haja vista que o carnaval é um dos principais vetores da economia local por meio do turismo de eventos.
A decisão foi confirmada durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (13). O momento também contou com a participação do secretário de saúde Sabino Neto e do Gerente de Turismo Gilney Morais.
“Convocamos a imprensa para anunciarmos oficialmente o cancelamento do carnaval 2021. Diante da pandemia e, consequentemente, da impossibilidade de imunização do público folião, pensando na saúde de nossa população, resolvemos cancelar este ano o nosso carnaval. Acreditamos que, diante dos fatos, essa era a decisão certa a se tomar”, comentou o prefeito.
Antes de Apodi, já haviam anunciado o cancelamento do Carnaval as prefeituras de Natal, Caicó, Macau, Areia Branca e Tibau. Essas cidades realizam os maiores carnavais do Rio Grande do Norte, com intensa concentração de turistas locais e de todo o Brasil. No entanto, entenderam, com responsabilidade, que o momento é de preservar a vida e que o carnaval retorna em 2022.
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As autoridades públicas recomendaram que todos os municípios suspendessem os eventos públicos e proibissem as festas privadas com aglomerações.
É claro que o cancelamento do Carnaval trará enorme prejuízo à economia das cidades e, por gravidade, à cadeia econômica do estado. No caso de Apodi, as perdas são alarmantes. Durante o Carnaval, a cidade movimenta todos os segmentos econômicos, trazendo receitas para a rede hoteleira, bares, restaurantes, comércio de roupas, calçados, atividades informais e até famílias que alugam as casas para turistas para reforçar a renda mensal.
No entanto, não seria razoável imaginar a realização do Carnaval. Nem mesmo a chegada da vacina, que deve acontecer nos próximos dias, permite aglomerações nas cidades pelos próximos meses.
Com informações do Jornal DeFato