Numa operação, que teve início neste sábado (21), em parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o Governo do estado, cerca de três mil moradores de um assentamento dentro do parque estão sendo vacinados. A medida visa prevenir a febre amarela que tem se espalhado na região. Por cautela, os parques públicos Horto Florestal e da Cantareira, áreas estaduais com densa vegetação remanescente da Mata Atlântica vão ficar fechados durante os fins de semana.
A operação de vacinação começou na última sexta-feira (20), devido a confirmações de exames sorológicos e histoquímico a presença do vírus da febre amarela em um macaco do gênero bugio. O animal foi encontrado morto no Horto Florestal. O vetor encontrado no macaco foi o mosquito haemagogus, que é bem comum se alojar em regiões rurais e de mata.
Durante a próxima semana, agentes sanitários realizarão uma ação afim de controlar vetores nas localidades em que mais os vetores se alocam, além de uma varredura para a coleta de amostras dos mosquitos, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
Por meio de um comunicado, a secretaria fez um alerta sobre a transmissão: “é importante destacar que macacos não transmitem a febre amarela para a população. Esses animais são hospedeiros do vírus, transmitido de forma silvestre pelos mosquitos haemagogus e sabethes”, disse.
Ainda segundo a secretaria, a vacinação é contraindicada a gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de lúpus, por exemplo).
Em 2016, foram contabilizados 22 casos e 10 mortes por febre amarela silvestre autóctones no estado de São Paulo. Desde 1942 que não era notificada casos de doença do tipo urbano no Brasil.