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Pandemia afetou faturamento de 82% dos microempreendedores

Pesquisa do Sebrae mostra que esses profissionais autônomos foram os que mais sofreram os impactos

De um universo de mais de 17 milhões de pequenos negócios existentes no Brasil, o segmento que envolve os trabalhadores por conta própria e profissionais autônomos foi o que mais sofreu os reflexos da pandemia da Covid-19 entre 2020 e o ano passado. De acordo com estudo feito pelo Sebrae, 82% das empresas formalizadas como Microempreendedor Individual (MEI) tiveram queda no faturamento mensal em decorrência das crises sanitária e econômica. Um impacto e tanto para uma categoria, que, somente no Rio Grande do Norte, concentra o maior quantitativo de empresas formais do estado. São 170,5 mil negócios potiguares na condição de MEI.

O estudo do Sebrae também identifica de quanto foram as médias de redução de receitas e constata que os microempreendedores amargaram perdas mais significativas em comparação com as micro e pequenas empresas. O impacto médio negativo no faturamento foi de 45% entre os MEIs, enquanto no restante dos pequenos negócios, a redução média foi de 34%. O aperto na situação financeira obrigou o empreendedor a ir buscar empréstimos para aliviar o caixa que ficou no vermelho. Porém, segundo o levantamento, dos 60% que recorreram ao sistema bancário, apenas 28% conseguiram obter empréstimos.

A pesquisa do Sebrae, no entanto, não aponta somente dados negativos durante a pandemia e revela que, nos períodos mais críticos dos dois últimos anos, houve avanço da diversificação dos canais de venda. De cada dez empreendedores, sete passaram a vender pela internet como saída para driblar as dificuldades. E o resultado foi positivo. A quantidade de empreendedores que optaram pelas vendas on-line e transformação digital do negócio subiu de 44% para 69% entre junho de 2020 e março do ano passado. Já o número dos que não adotaram o virtual para vender, caiu de 56% para 31% no mesmo período.

Pandemia afetou faturamento de 82% dos microempreendedores

Para o gerente da Agência do Sebrae Grande Natal, Thales Medeiros, as consequências da pandemia mudaram significativamente a dinâmica de mercado e esse ajuste e o desenvolvimento de novas competências têm exigido esforços de toda a classe empresarial. “Para o MEI tem sido ainda mais desafiante, sobretudo com a sua condição de acumular todas as funções de um negócio e a expressividade de negócios que ainda estão no campo do empreendedorismo por necessidade. A baixa capacidade de gestão, que influencia na capacidade de adaptação, aliada à perda do poder de compra dos consumidores frente à inflação sobre produtos básicos, produz um impacto muito severo para esses negócios!“, analisa o gerente.

A categoria do Microempreendedor Individual (MEI) ainda é considerada o meio mais desburocratizado e menos oneroso de começar uma atividade no Brasil, sobretudo pela baixa carga tributária em comparação com outras categorias de empresas optantes pelo Simples Nacional, o regime simplificado de arrecadação de impostos. Tudo o que o microempreendedor tem de pagar é uma contribuição mensal que equivale a apenas 5% do salário mínimo e valores fixo de R$ 1,00 ou R$ 5,00, dependendo das atividades cadastradas. Esse compromisso precisa ser quitado até o dia 20 de cada mês. Para ser considerado MEI, o faturamento anual do negócio não pode ultrapassar o valor de R$ 81 mil.

Ao se formalizar como MEI e passar a contar com um CNPJ, o empreendedor pode emitir notas fiscais, contratar até um funcionário e acessar uma série de benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio-maternidade e pensão por morte. A pesquisa do Sebrae foi realizada com amostras de 6.033 a 10.384 empresários de todos os estados. A margem de erro é de 1% e o intervalo de confiança é de 95%.

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Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, também administra a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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